Quinta, 25 Abril 2024

Capixabas nas listas

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Leonardo Sá

Os movimentos de reação ao governo Jair Bolsonaro e a favor da democracia que ganham força nas redes sociais, principalmente após mais um ato público bizarro com a participação do presidente e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) nesse domingo (31), em Brasília, já têm as primeiras adesões capixabas. Na lista do Movimento Estamos Juntos, que bateu a marca de mais 265 mil assinaturas até a tarde desta terça-feira (2), chama atenção, primeiro, a presença de Paulo Hartung, ao lado de nomes de seu atual projeto nacional, o apresentador de TV Luciano Huck e o "padrinho" dessa união e aliado antigo do ex-governador, o economista Armínio Fraga. Mas também integram o grupo o deputado federal Ted Conti, do PSB, partido do governador Renato Casagrande, a poeta, filósofa e psicanalista Viviane Mosé, e a liderança Selma Dealdina, da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Outros do Estado, a essa altura, certamente engrossam o movimento, mas só foram divulgados, até agora, o blocão de estreia. Já a outra campanha que igualmente se espalha, #somos70porcerto, criada pelo economista Eduardo Moreira em referência à aprovação de cerca de 30% dos brasileiros a Bolsonaro, é seguida pelo senador Fabiano Contarato (Rede), deputado federal Helder Salomão (PT), e o vereador de Vitória, Roberto Martins (Rede). Em comum entre todos eles, rejeições à política desastrosa e desmandos do governo federal, à condução da pandemia do coronavírus sem respeitar as orientações sanitárias, e às tentativas de acabar com as instituições e com a liberdade. "Somos mais de dois terços da população do Brasil e invocamos que partidos, seus líderes e candidatos agora deixem de lado projetos individuais de poder em favor de um projeto comum de país. Somos muitos, estamos juntos", destaca o movimento de Hartung. A convocação está feita e já conseguiu reunir lideranças da esquerda, direita e do centro, além de representantes de diversos setores do País, em "uma "frente ampla e suprapartidária", como anunciam. Só Bolsonaro mesmo para conseguir essa façanha...

Para se ter ideia...
Fora do Estado, o Movimento Estamos Juntos já teve adesão, além do bloco Huck/Hartung, de Fernando Henrique Cardoso (PSDB); Fernando Haddad (PT); Manuela D'Ávila (PCdoB); Guilherme Boulos (Psol); Flávio Dino (PT-MA); Marcelo Freixo (Psol); Carlo Lupi (PDT); Carlos Siqueira (PSB), parlamentares de diferentes partidos (PSB, PDT, Psol, PCdoB, Podemos, Cidadania), etc, etc, etc...

'Importante'
Em suas redes sociais, Hartung publicou o texto do manifesto e comentou: "muito importante". Depois divulgou artigos que publicou em jornais nacionais sobre democracia.

'Barulhenta'
Já Contarato fez dois comentários: "Já somos 70% que rejeitam aproximação ao Centrão; que acham Bolsonaro péssimo/ruim/regular; que apoiam medidas de isolamento e sabem que a terra é redonda". Na outra, reforçou: "A maioria silenciosa de 70% não aprova negociatas com o Centrão, aprova o isolamento social e não aplaude os desmandos de Bolsonaro: o Brasil é de todos os brasileiros e não apenas de uma minoria bolsonarista barulhenta".

#ForaBolsonaro
Helder Salomão, por sua vez, escreveu "em defesa da democracia. #ForaBolsonaro".

Segue...
O vereador Roberto Martins também oficializou seu apoio: "Eu faço parte dos 70% que rejeitam a política do atual presidente, em defesa da democracia. E você?".

4%?
O governador Renato Casagrande perdeu a negociação com os poderes do Estado. Depois de emplacar 20% de redução nos repasses com o Tribunal de Contas (TCE) para minimizar as perdas com a pandemia da Covid-19, aceitou acordos de 4% com o Ministério Público (MPES) e Tribunal de Justiça (TJES). Ponto pra procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade, e para o desembargador Ronaldo Gonçalves, que deram trabalho desde o início.

Cortou pra baixo
Depois das publicações desses acordos nesta terça-feira, que há dias rende polêmica e reuniões secretas, a Assembleia Legislativa vai aceitar 4% ou 20%. Resposta óbvia, vai no fluxo.

Extras
A propósito, a Assembleia recebeu do governador o Relatório de Créditos Suplementares e Especiais abertos no período de janeiro e abril de 2020. Os números, que sempre beneficiaram os mesmos órgãos apesar dos gordos orçamentos, muito interessam.

Pior que o soneto
No mesmo dia em que Erick Musso (Republicanos) comunicou aos deputados da reabertura gradual da Assembleia, Sergio Majeski (PSB) marcou em suas redes sociais: "Flexibilização do isolamento enquanto o número de contaminados e de mortos continua subindo. Não há precedentes. Espero estar errado, mas receio que 'a emenda ficará pior que o soneto'. Que as pessoas tomem todos os cuidados e que Deus nos ajude!". Faço coro.

Classe política
O manifesto assinado por mais de 60 entidades, lideranças, profissionais e parlamentares contra a reabertura de shoppings no Estado, em plena ascensão da curva do contágio da Covid-19, conta com adesões dos diretórios estaduais do PT, Psol e PCB, e ainda da Rede, representada pelo vereador de Vitória, Roberto Martins (Rede).

Classe política II
No PT, há ainda apoios nominais do deputado federal Helder Salomão, da estadual, Iriny Lopes, do vereador de Cariacica André Lopes, e os filiados Perly Cipriano (histórico), Marcelão Freitas (ex-vereador) e Ana Rita Esgário (ex-senadora).

PENSAMENTO:
"Quem não castiga o mal, ordena que ele se faça". Leonardo da Vinci

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