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Cartão amarelo (por ora!)

Enfim, um Legislativo parou Gilvan da Federal – e, obviamente, não foi o de Vitória!

CMV

Um Poder Legislativo, enfim, parou o deputado federal Gilvan da Federal (PL). A suspensão imposta pelo Conselho de Ética e Decoro da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (6), que o manterá por três meses fora do mandato, remete a uma lista de ataques semelhantes registrados na Câmara de Vitória, quando ele era vereador, marcados por omissões e corporativismo da Casa, inclusive com arquivamentos de representações. Nestes casos, envolvendo, principalmente, a vereadora reeleita, Karla Coser (PT), e a ex-vereadora e atual deputada estadual Camila Valadão (Psol), mas também a ex-vice-governadora Jacqueline Moraes (PSB), hoje secretária de Estado das Mulheres, assim como a ativista da luta LGBTQIAPN+, Deborah Sabará, e muito mais…Todas foram devidamente lembradas durante a longa sessão – mais de cinco horas – que confirmou a quebra de decoro de Gilvan por ofensas desferidas contra a deputada e ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em audiência pública da Comissão de Segurança. O processo do Conselho obrigou Gilvan a adotar uma postura oposta à sua trajetória política, de passividade, com pedidos de desculpa e promessas de “procurar mais a Deus” e “mudar seu comportamento”. A suspensão, inicialmente, seria de seis meses, mas caiu para a metade. Ainda assim, tem peso importante contra a violência política de gênero, ainda mais se considerado o caráter inédito da medida e o perfil do punido: já são mais de dez processos, como aponta o Congresso em Foco, e que envolvem outros crimes, como racismo, transfobia e calúnia e difamação. O problema para Gilvan não acabou. O Conselho já decidiu abrir um processo disciplinar para avaliar sua conduta, que, a depender do desenrolar, aí sim, poderá ameaçar definitivamente sua cadeira parlamentar. Demorou, mas o manto da impunidade caiu.

Nem lá, nem cá

O deputado, diante da pena mais branda, reiterou que não vai recorrer. A redução foi resultado de acordo. O relator, Ricardo Maia (MDB-BA), apresentou o prazo de três meses em divergência com a Mesa Diretora. Nessa situação, o suplente, Júnior Corrêa (Novo), vice-prefeito de Cachoeiro, não será convocado – seria com afastamento por mais de quatro meses -, mas Gilvan também não receberá salário.

Sem chance

O processo, aliás, foi deflagrado pela própria Mesa Diretora, outra distância enorme da atuação registrada na Câmara de Vitória entre 2021 e 2022, período de Gilvan como vereador. No atual ataque, ele chamou, de forma indireta, Gleisi de “amante” e que “deve ser uma prostituta do caramba”. O placar terminou em 15 x 4. A deputada Jack Rocha (PT), que integra o Conselho, foi um dos votos favoráveis à suspensão.

Apoio

Por lá também estiveram o senador Magno Malta (PL) e o deputado federal Evair de Melo (PP) – este último apareceu somente ao final da longa sessão e ainda queria discursar. Foi vetado!

Apoios II

No meio dos debates, aliados de Gilvan o exaltaram como “futuro senador” ou “deputado federal mais votado do Estado”. Gilvan destacou que “sai de cabeça erguida” e “voltará mais forte do que nunca”. 

Planos

O deputado, como se sabe, chegou a ser lançado várias vezes como o candidato do PL ao Senado em 2026, mas vai tentar, mesmo, a reeleição. Magno Malta está 100% focado em eleger sua filha, Maguinha Malta. Ficou difícil, ou melhor impossível, para outros nomes do partido, que deve emplacar só um candidato para as duas vagas, em prol das alianças partidárias.

Mais uma rodada

Os capítulos sequenciais à criação da federação União Progressista (UP) teve mais um tête-à-tête. Foi nesta terça, e reuniu o governador Renato Casagrande (PSB); o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União); o candidato à sucessão e vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB); e o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), que também tem interesse no Palácio Anchieta.

Mais uma rodada II

A conversa ocorre um dia após Marcelo se reunir com o presidente estadual do União capixaba, Felipe Rigoni, e ainda na espera da decisão de Euclério, que já estava certo de assumir a função antes da federação, mas depois titubeou – o presidente do UP será Da Vitória, a quem caberá as decisões. Já Marcelo dá sinais cada vez maios claros de que o comando “será seu e  ninguém tasca”.

Mais uma rodada III

Na legenda das redes sociais, o presidente da Assembleia – – sempre ele! – ressaltou: “O cardápio do almoço de hoje foi o futuro do Espírito Santo. Com esse time de peso! Muito diálogo, planejamento e bons projetos na mesa. Valeu demais”.

Nas redes

“Se a CMV tivesse tido coragem de enfrentar as reclamações feitas por nós na gestão 21/22, nem deputado Gilvan seria. Foram muitos fatos: violência política de gênero, intolerância religiosa (processo que ele responde depois de nossa denúncia ao Ministério Público), LGBTIfobia…a Câmara dos Deputados teve coragem. Três meses sem mandato e sem salário: dói no bolso e serve de lição. Grande dia!”. Karla Coser, vereadora pelo PT.

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