Domingo, 12 Mai 2024

Com Magno, sem Magno

Com Magno, sem Magno

A senadora Rose de Freitas (Podemos) conseguiu o essencial para uma boa candidatura ao governo do Estado: aliança com um dos nomes cotados como favorito à disputa ao Senado, de outro partido, o deputado estadual Amaro Neto (PRB).


Além desse aporte, Rose certamente irá contar com o apoio da base do governador Paulo Hartung, já que a vitória de Renato Casagrande (PSB) terá sentido de “forra” contra PH, que passou todo o seu governo acusando o socialista de ter quebrado o Estado.  É oportuna para PH a vitória de Rose. 


Hartung também está tentando se proteger de Casagrande de outras formas: busca fazer dois novos conselheiros para o Tribunal de Contas, onde suas contas serão julgadas em 2019, já fora do governo, e, com certeza, deve formar uma bancada na Assembleia Legislativa.


Apesar desse cenário, não há segurança de que ficarão por aí as eleições no Estado. Tem ainda o candidato do Psol, o advogado André Moreira, que tem surgido em todas as pesquisas com um capital eleitoral ainda modesto, mas com capacidade de tirar votos, principalmente em uma eleição de segundo turno. E esboça-se outra candidatura, esta sim para assustar os dois principais candidatos já postos, do deputado federal Carlos Manato, do partido do presidenciável Jair Bolsonaro (RJ), o PSL. 


Para fazer dupla com Manato, teria a candidatura de Magno Malta ao Senado. Ambos são os que conduzem a eleição presidencial de Bolsonaro no Estado. Esta dobradinha embolaria o jogo. 


Magno se sente atraído pelo projeto de Renato Casagrande, mas Bolsonaro não cabe nele, que já tem o senador tucano Ricardo Ferraço, buscando sua reeleição. O acerto garante que, neste palanque, Ricardo fará campanha para o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB-SP).


Também não cabe Bolsonaro no projeto de Casagrande, pelo fato de Sérgio Vidigal, do PDT, ter se aliado a ele mantendo o compromisso com o candidato a presidente do seu partido, Ciro Gomes (SP). Não cabendo Bolsonaro, não poderá ter o apoio do senador Magno Malta.


Magno, se aceitar o desafio de Bolsonaro/Manato e apoiá-los, vai embaralhar o jogo. Não só é um político que se acostumou a eleger-se para o Senado, como também Bolsonaro é hoje um perigoso candidato à Presidência da República. Junto a Bolsonaro, dá voto em qualquer lugar, inclusive no Espírito Santo. Infelizmente, essa é uma realidade.


Somando o capital eleitoral de Bolsonaro com o de Magno Malta, incendeia-se a eleição no Estado e, mesmo que a chapa não vá para o segundo turno, são eles que irão decidir a disputa entre Rose e Casagrande. 


Com toda essa mudança no palco político, o momento é oportuno para que Magno possa dar uma guinada na política capixaba com a candidatura de Manato ao governo. O campo está aberto, embora Magno atualmente esteja mais voltado para a política nacional, visando uma futura candidatura à presidência da República. Esse é o delírio dele.


Quem diria que esse baiano que entrou no Estado pelas portas de Cachoeiro do Itapemirim, pelas mãos de Teodorico Ferraço (DEM), chegaria a este estágio com discursos reacionários, mas que atrai grande parte do eleitorado.


A eleição local passa a ter dois caminhos diferentes: um com Magno numa chapa ao governo, outro sem. 

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