Sábado, 27 Abril 2024

Enredos eleitorais

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Os acirramentos políticos e as projeções para 2024 estão cada vez mais presentes no plenário da Assembleia Legislativa, como se vê, com bastante antecedência do pleito. Somente na sessão dessa terça-feira (5), foram puxados debates sobre a Serra – de novo! -, Vila Pavão (região serrana) e Barra de São Francisco (noroeste). O mais longo relacionado ao município comandado por Sergio Vidigal (PDT), que acabou envolvido em uma briga entre poderes, após o deputado estadual Dr. Bruno Resende (União), presidente da Comissão de Saúde, ter sido solenemente ignorado no evento de lançamento da Campanha Nacional de Multivacinação – ele não foi citado nem teve direito à fala -, na segunda-feira (4), que contou com a presença de diversos órgãos, inclusive, o Ministério da Saúde. A sessão virou um desagravo à secretária de Saúde da Serra, Fernanda Coimbra, e a Vidigal, "acostumado a fazer isso há anos, ao lado de sua mulher, a ex-deputada Sueli Vidigal (PDT)", como acusou outra liderança do município, Vandinho Leite (PSDB). Foram sucessivos discursos dos deputados sobre o assunto, em tom de protesto e convocação para a Assembleia se impor, que desaguaram também em mais denúncias de caos na Saúde, pontuando a contradição de o prefeito ser médico, e citação das próximas eleições, com expectativa de "acabar com essa era na cidade". Mais adiante, foi a vez de Mazinho dos Anjos (PSDB) citar os outros dois municípios, um administrado pelo seu tio e padrinho político, o ex-deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), candidato à reeleição. Exaltou a gestão em Barra e São Francisco e o prefeito, denunciando que tem gente, sem citar nomes, espalhando fake news por lá, sobre exonerações de servidores. O mesmo disse sobre o ex-prefeito de Vila Pavão Irineu Wutke (Republicanos), mas no sentido de que ele não poderá se candidatar em 2024. "Se ele quiser, vai, e vai ganhar!", provocou. Resumo: uns mais, outros menos, o fato é que já está todo mundo defendendo o seu para garantir a demarcação de território político, que vai de 2024 a 2026, em um pulo só.

Boca no trombone
Além de Vandinho, a polêmica na Serra teve fala incisiva ainda do presidente da Assembleia, Marcelo Santos (Podemos), e do próprio Bruno Resende, Zé Preto (PL), Alexandre Xambinho (PSC), Mazinho, Pablo Muribeca (Patri) e Lucas Polese (PL).

Boca no trombone II
No início, pesou mais para a secretária, com críticas como "falta de educação, respeito e bom senso", depois, na hora da fala de Muribeca, descambou para o lado do prefeito, acusando-o de "manobra política", até chegar em Vandinho e entrar de vez no embate eleitoral.

Prévia
Muribeca é candidato à prefeitura, mas pelo Republicanos, e Vandinho, até segunda ordem, mantém conversas com Audifax Barcelos (sem partido), considerado confirmadíssimo no pleito. O ex-prefeito foi convidado pelo PSDB, mas está com um pé no PP e tenta atrair o PL.

Ampliou
Vandinho, aliás, que andava quieto em plenário, aproveitou para reclamar também dos eventos do governo do Estado, onde diz ocorrer a mesma coisa, até com deputados da base. Um "clima hostil", apontou. Casos dele e de Muribeca, como fez questão de citar, informando ainda que já reclamou com Renato Casagrande (PSB) e o secretário da Casa Civil, Davi Diniz.

Interior
Pulando para Barra de São Francisco, as "mentiras" espalhadas pelo município, segundo Mazinho, são de que Enivaldo tem feito demissões porque extrapolou a folha. Ele justificou a medida como "obrigação", resultado da queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), problema que atinge várias cidades pelo País.

Interior II
Em Vila Pavão, a questão teria relação com as contas do ex-prefeito Irineu. Tem sido espalhado na cidade que ele teve as contas rejeitadas pela Câmara de Vereadores, mas Mazinho bateu na tecla de que foi "um julgamento político" e está tudo certo no Tribunal de Contas (TCE), referente aos quatro anos de gestão.

Cenários
Em 2020, Enivaldo ganhou com folga do ex-presidente da Câmara, Juvenal Calixto (PP), por 69% a 17,36%. O terceiro colocado foi Denilson Feirante (Solidariedade), com 13,57%. Já Vila Pavão registrou uma disputa muito acirrada. Venceu Bolinha (PSB), com 49,10%, com Irineu logo atrás, batendo 39,43%. O terceiro foi do PDT, Ademir Teixeira, que fez 11,47% nas urnas.

Movimentos
A propósito, outro dia, o senador Fabiano Contarato e o deputado federal Helder Salomão, do PT, realizaram, em Barra de São Francisco mais um dos encontros que focam nas eleições de 2024, chamado Diálogos pelo Espírito Santo. Vai sair articulação no município? A conferir!

Nas redes
"Todos sabem como nosso Centro de Vitória está abandonado. É um lugar histórico para nosso ES e com vários lugares tombados, que são patrimônios capixabas. Tentamos criar a Frente Parlamentar em Defesa do Centro, mas o projeto não teve apoio dos vereadores que são da base do prefeito. É lastimável (...)". André Moreira, vereador de Vitória pelo Psol.

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