Segunda, 20 Mai 2024

Era uma vez


 

Mesmo com a indiscutível e eterna boa vontade do Instituto Futura em relação ao governador Paulo Hartung (PMDB) e seus aliados, os números da pesquisa divulgada em A Gazeta nesta quarta-feira (29) estão longe de repetir a imagem de político imaculado consolidada há tantos anos pelo peemedebista no Estado. Confirmando o que está nas ruas, onde pipocam reações de insatisfação de todos os lados, e que o governador não passa ileso às graves denúncias que pesam contra ele, Hartung começou seu governo bem distante da marca de quase 90% que sempre bateu em avaliações de gestão durante seus dois mandatos, inclusive na saída do governo, no final de 2010. Na Capital do Estado, a aprovação agora é de 33,4%, mesmo índice dos que consideram a gestão regular, e chama atenção o índice ruim ou péssimo, 20,2%, algo inimaginável para Hartung até outro dia. Essa mudança no cenário em Vitória já havia ficado evidente durante a última campanha eleitoral, quando Hartung garantiu o Palácio Anchieta com os votos do interior, perdendo para Renato Casagrande (PSB) na Grande Vitória. Para um governo em início de mandato, apenas comprova o que já está na praça: Hartung, pela primeira vez, terá que ralar.



Forcinha

Sempre lembrando que o cenário pode ser ainda mais desfavorável a Hartung. Os números questionáveis do Futura, neste caso, sobem.



Caiu do cavalo

E o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), achou mesmo que estaria livre do Instituto Futura? Primeiro jogou confete na pesquisa publicada sobre sua gestão – como se média seis fosse motivo de comemoração -, agora, que o calo apertou com a pesquisa da disputa de 2016, resolveu colocar em xeque a credibilidade dos números. Aliás, o Futura começou cedo, hein!



Jogada pronta

A pesquisa repete um cenário já conhecido dos capixabas. Luciano ficou atrás do tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas, aliado de Hartung, em todos os cenários. Está desenhada a estratégia eleitoral de Hartung, que deve se repetir com os demais aliados na Grande Vitória, para dominar os espaços e impedir o fortalecimento de seu principal adversário político, Casagrande.



Estratégico

Já o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB), pela primeira vez, confirma o que estava certo nos bastidores, de que é pré-candidato à Prefeitura de Vitória. Mas saiu mal na foto.



No páreo

Saindo do campo da pesquisa, mas ainda na disputa de Vitória, o vereador Serjão Magalhães (PSB) já anuncia sua candidatura à Prefeitura. Ele só aguarda a definição das regras do jogo para migrar a um partido que assegure seu projeto. Diz, por aí, que tem chances.



Quem leva?

Se realmente levar adiante a candidatura, vai entrar na área de votos do PSDB. Serjão atua na região da Praia do Canto, campo eleitoral do ninho tucano.



Pé esquerdo

Os cartazes abaixo (registrados pelo fotógrado Leonardo Sá/Porã), colados na parede da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), refletem bem o clima de insatisfação da classe artística em relação à condução da pasta por João Gualberto e o tratamento dado à área pelo governo Hartung. A casa caiu.



Blindado

A Assembleia Legislativa e seu velho corporativismo. A história do barco de pesca do deputado estadual Hudson Leal (PRP), lacrado por pesca ilegal de camarão, é pra lá de mal contada, mas os colegas de plenário já saíram em sua defesa e o inocentaram antes mesmo das investigações. Quem fiscaliza o fiscal?



Nas redes

“São tantos ataques no Congresso que não conseguimos dar conta de todos. Se não tem problema ser transgênico, por que esconder?”. (Camila Valadão – PSOL – no Facebook).



PENSAMENTO:

“Um estadista se preocupa com a próxima geração; um político, com a próxima eleição”. Winston Churchill

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