Sexta, 26 Abril 2024

Filão eleitoral

manato_debate18_lissadepaula_ales Lissa de Paula/Ales
Lissa de Paula/Ales

Assim como no campo nacional, na disputa presidencial, a briga pelo voto dos evangélicos se acirra no Espírito Santo entre os candidatos ao governo do Estado. Depois de render alguns capítulos e polêmicas, resultado do encontro entre líderes da Convenção das Assembleias de Deus do Espírito Santo e Outros (Cadeeso) e o governador Renato Casagrande (PSB), que não acabou em declaração de apoio oficial, mas desagradou ao palanque de Carlos Manato e o ex-senador Magno Malta (PL), foi a vez do próprio Manato se movimentar e garantir o apoio de outra entidade da área, a Convenção Fraternal dos Ministros das Assembleias de Deus do Espírito Santo e Outros (Confrateres). O ex-deputado federal foi sabatinado na última sexta-feira (11), quando a Convenção também anunciou que caminhará nas eleições deste ano apenas com candidatos e partidos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro. Em movimento paralelo, mas atrás do mesmo objetivo, tem ainda o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), que na última semana retomou o programa que criou para a disputa, "Diálogo Poder e Fé". Dessa vez, Erick levou pastores para o legislativo estadual, onde foi realizado um culto, que culminou com um vídeo promocional divulgado nas redes sociais, com fala do pastor Paulo César, presidente da Associação de Pastores e Líderes Eclesiásticos de Cariacica (Asplec). A busca por esses votos é uma máxima em toda eleição, por representar um universo de mais de 1,5 milhão de eleitores no Espírito Santo, alcance potencializado desde 2018, no auge da "onda Bolsonaro". O cenário hoje mudou para o lado do presidente, mas os evangélicos continuam sendo os alvos principais de cobiça eleitoral. No Estado, a maior fatia desse bolo vai para...

Não, imagina...
No início deste mês, encontros entre Casagrande e líderes da Cadeeso, que sozinha representa mais de 400 mil evangélicos, consolidaram divisões internas na área. Os dois lados tentaram negar que o motivo foi a pauta política, mas não colou. A polêmica também acabou publicizando cargos comissionados de pastores da Cadeeso no governo do Estado.

Lá e cá
A articulação de Manato ocorre logo depois, ainda, de sua participação junto com Magno, de um evento convocado por Bolsonaro em Brasília, que reuniu representantes da Assembleia de Deus e da Igreja Universal, além de 90 deputados federais – Soraya Manato (União) inclusa – e oito senadores. O presidente disputa com Lula o apoio dos evangélicos, que no País representam 30% do eleitorado.

Todos os lados
O vereador de Vitória Denninho Silva, campeão de votos em 2020 pelo Cidadania, é colado no prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), mas também não tem desgrudado de Casagrande, dois políticos que não se "bicam". Aquela coisa...é ano de eleição! Denninho disputará a Assembleia Legislativa.

Senado, nada
A visita ao Estado do presidenciável do Avante, André Janones, marcou a filiação do jornalista Philipe Lemos, para disputar a Câmara Federal, mas, apesar dos anúncios efusivos e da presença dele no evento, não consolidou a candidatura de Nelson Júnior para o Senado. O pastor é líder da criticada campanha "Eu Escolhi Esperar", que defende a abstinência sexual como estratégia para impedir a gravidez na adolescência, replicada em Vitória.

Sem cadeira
Na conversa com Casagrande, anunciada com antecedência, os ecos são "mais do mesmo". O partido apoiará a reeleição do governador, o que provocará, como já dito aqui, a saída do deputado estadual Carlos Von, de oposição. O Avante, só para lembrar, já padece de quadros no Estado.

Aceno para militares
André Janones também visitou a Associação de Cabos e Soldados, que segue ativa nas articulações. O debate, dizem, envolveu o projeto de anistia federal para os militares que participaram de movimentos reivindicatórios, como a greve de 2017. Janones é deputado federal e a matéria tramita no Congresso Nacional.

Romance passageiro
Em âmbito estadual, como se sabe, a anistia foi concedida por Casagrande, mas depois o amor acabou e os ânimos entre o governador e as forças de Segurança se acirraram. Começou, então, o cabo de guerra sem fim.

Circulando
O ex-prefeito de Vitória João Coser reuniu, na Serra, o setor que sempre foi base do PT, os sindicatos, para debater sua candidatura à Assembleia. Ao lado dele, a presidente estadual da legenda, Jackeline Rocha, que tentará a Câmara dos Deputados. Os dois foram apresentados a representantes de 20 entidades como candidaturas de "dobradinha". Na outra ponta, também do PT, caminham da mesma forma a deputada estadual Iriny Lopes e o federal Helder Salomão, que disputarão a reeleição.

Nas redes
"Marielle e Anderson foram executados na noite de 14 de março de 2018. Quatro anos se passaram e os acusados pelo assassinato ainda aguardam julgamento. Para piorar, ainda não se sabe quem mandou matar Marielle e Anderson; e há pouco mais de um mês a investigação do caso mudou novamente de mãos: esta é quinta mudança. Chega de morosidade e enrolação: Quem mandou matar Marielle e Anderson?". Helder Salomão, deputado federal pelo PT.

FALE COM A COLUNA:

Veja mais notícias sobre Socioeconômicas.

Veja também:

 

Comentários: 1

Paulo dos Santos Andion em Quarta, 16 Março 2022 10:08

Na minha humilde visão maçónica na verdade a mistura da religião com a política atrasou todo um contesto democrático culminando com a morte de muitos desde 1988 em Brasília principalmente por estarem mais próximos ao poder. A ciência já provou as incompatibilidades cuja pandemia exterminou pessoas no nível mundial. Alguns religiosos como o Pastor Malafaia imaginam ter liderança política por estarem a frente de muitos cidadãos não lembram que no início de cada seção plenária das Assembleias legislativas é lido um versículo bíblico e que por ele os legisladores trabalharão neste dia, Malafaia se encostou no Bolsonaro em nome desse suposto poder da sua espécie religiosa e já levou um chega prá lá das facções partidárias assim como muitos outros de diversas micro paróquias que se imaginam políticas mas para se trabalhar uma política pública de verdade é bem diferente desse egocentrismo idiota que sempre acaba em hino religioso como que se Deus fosse descer do céu para socorrer a todos. Já viram alguma vez Deus descer do céu?

Na minha humilde visão maçónica na verdade a mistura da religião com a política atrasou todo um contesto democrático culminando com a morte de muitos desde 1988 em Brasília principalmente por estarem mais próximos ao poder. A ciência já provou as incompatibilidades cuja pandemia exterminou pessoas no nível mundial. Alguns religiosos como o Pastor Malafaia imaginam ter liderança política por estarem a frente de muitos cidadãos não lembram que no início de cada seção plenária das Assembleias legislativas é lido um versículo bíblico e que por ele os legisladores trabalharão neste dia, Malafaia se encostou no Bolsonaro em nome desse suposto poder da sua espécie religiosa e já levou um chega prá lá das facções partidárias assim como muitos outros de diversas micro paróquias que se imaginam políticas mas para se trabalhar uma política pública de verdade é bem diferente desse egocentrismo idiota que sempre acaba em hino religioso como que se Deus fosse descer do céu para socorrer a todos. Já viram alguma vez Deus descer do céu?
Visitante
Sexta, 26 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/