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Flerte da vez

Com votos e planos para 2026, Arnaldinho encontra “braços abertos” do Novo

Redes Sociais

A busca do prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, por um partido que lhe garanta condições favoráveis para disputar o governo do Estado em 2026, registrou mais um capítulo nesta quinta-feira (3), com a ida dele a São Paulo para encontro com o presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro. A conversa ainda é o início de um flerte, que muito interessa à executiva estadual, há anos com quadros e espaços limitadíssimos no Espírito Santo. Não é uma sigla robusta como o prefeito imaginou, ao procurar o PSD, o que causou um burburinho danado, mas abriria o campo para sua meta de comandar um partido, dar as cartas das eleições e erguer seu palanque majoritário. Hoje, sem Arnaldinho, o Novo se concentra em criar condições para a candidatura ao Senado do vereador de Vitória, Leonardo Monjardim, que está no primeiro mandato. Como analisado aqui na coluna passada, esse projeto se alinha ao PL e à candidatura de Maguinha Malta, filha do senador Magno Malta. Outra meta é garantir chapa à Câmara Federal que supere a cláusula de barreira, além de fazer duas cadeiras na Assembleia Legislativa. No campo nacional, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, é cotado à Presidência da República, o que reforçaria a importância de nomes no campo majoritário nos estados. Monjardim também está inserido nesse contexto, como destacado pelo Novo capixaba ao aprovar seu nome de forma unânime, mas….se rolar casamento com Arnaldinho, o partido sustentaria dois palanques majoritários? E como ficariam as articulações e alianças desenhadas até agora? O tempo logo dirá…

Atores

Arnaldinho e Eduardo não estavam só. Também participaram da conversa o aliado de primeira fileira do prefeito, deputado federal Victor Linhalis (Podemos), o presidente da Câmara de Vila Velha, Oswaldo Maturano (PRD); e o presidente estadual do Novo, Iuri Aguiar.

‘Futuro’

Frases registradas por Arnaldinho nas redes sociais: “diálogo que constrói o futuro”; e “seguimos conectando ideias, fortalecendo propósitos e pensando em caminhos reais para transformar o presente e planejar um futuro ainda melhor para o Espírito Santo”.

Restrito

Como citado lá em cima, o Novo no Estado não tem deputados federais nem estaduais. Nas eleições de 2024, só elegeu quatro filiados: além de Monjardim, o vice-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Júnior Corrêa, e os vereadores Sidimar do Mercadinho (Ibatiba) e João Batista de Assis (Venda Nova do Imigrante”.

Obstáculo

Na Câmara Federal, só tem quatro cadeiras e ninguém no Senado. Essa baixa representatividade prejudica em dois pontos muito relevantes: grana (fundos eleitorais) e tempo de TV e rádio. Um nó para Arnaldinho, considerando ainda uma disputa que se desenha acirrada.

Obstáculo II

Outro nó seria o alinhamento atual do Novo tanto ao PL quanto ao prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), oposições a Renato Casagrande (PSB). Até que se prove o contrário, Arnaldinho e o governador seguem aliados, juntos, e entregando obras.

Sem recuo

A busca do prefeito por uma legenda e a intensificação das estratégias voltadas ao interior do Estado mostram, cada vez mais, que o projeto dele não se resume a ensaios. Arnaldinho está, mesmo, disposto a encarar o Palácio Anchieta, aparentemente, seja com Casagrande ao lado ou não. No atual cenário, a segunda condição prevalece, em nome do palanque do vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB).

Portas partidárias

Com uma reeleição fácil e votação expressiva – 79,04% -, o prefeito é cobiçado por muitos partidos, mas também encontra barreiras nos maiores, onde as negociações correm avançadas. Outro freio é a condição que ele impõe de não só se filiar, mas comandar o novo abrigo. Desde que saiu do Podemos, em março, ele sentou-se – pelo que se tem notícia – com o PSD, o PRB e, agora, o Novo.

Atropelos

No PSD, o “caldo entornou”, primeiro, por se tratar do partido agora do ex-governador Paulo Hartung, adversário de Casagrande. Segundo, porque passou por cima do presidente estadual, Renzo Vasconcelos, prefeito de Colatina. Nesse último ponto, porém, a rusga foi mais do que superada, como comentei na coluna de segunda-feira (30).

Rota reaberta?

Arnaldinho e Renzo já tiveram dois encontros divulgados nas redes sociais depois da reunião com Gilberto Kassab que riscou um fósforo no mercado político do Estado e gerou reações do bloco de Casagrande e do próprio Renzo. Esse clima de “paz e amor” abriu um caminho também de nova negociação partidária? É o que veremos…

Nas redes

“Divido com vocês uma lembrança especial que recebi: o caderno do jornal A Tribuna, de 1º de janeiro de 2003, quando fui eleito, pela primeira vez, governador do Espírito Santo”. Paulo Hartung, suas retrospectivas eleitorais, e as jogadas habituais para o mercado político sempre que começam articulações que antecedem eleições.

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