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Focos de incêndio

Freitas segue colecionando insatisfações e desafetos políticos à frente do DER

Ana Salles/Ales

Quatro meses após ser alvo de “metralhada” na Assembleia Legislativa, o ex-deputado Eustáquio de Freitas (PSB) e atual diretor do Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado (DER) segue colecionando insatisfações e desafetos políticos. O nome dele voltou ao centro do plenário nesta segunda-feira (24), afastando qualquer sinal de trégua, só que dessa vez puxado não por um deputado, mas sim pelo vereador de São Mateus (norte do Estado), Cristiano Balanga (PP). O espaço foi concedido pelo presidente da Casa, Marcelo Santos (União), um dos protagonistas das queixas passadas contra Freitas. Balanga relatou o problema da Ponte do Nativo, na ES-010, cujas obras são reivindicação antiga da comunidade, devido aos riscos de acidentes, e estão paradas sem explicações, apesar de ter corrido a licitação há seis meses, também sem informações. O vereador diz que foi “atacado” por Freitas em agenda do governador Renato Casagrande (PSB) no município, por conta das cobranças que têm feito, e pediu intervenção de Marcelo, além de ter comunicado o fato a Casagrande e ao vice, Ricardo Ferraço (MDB). Assim como já fizeram os deputados, relacionou a questão a negociações de apoio eleitoral para 2026, ponto reforçado agora por Marcelo, que colocou como principal problema do DER, hoje, a realização de obras de “interesse político-eleitoral” em detrimento do coletivo. “Eleição começa ano que vem, tem gente fazendo política em secretaria, diretoria, que é caso do DER, e eu já alertei ao governador”, enfatizou. “É um desrespeito ao prefeito [Marcos da Cozivip, do Podemos], ao vereador e à população. Não podemos permitir, porque não é isso que o governador quer”, completou. Freitas é candidato do PSB à Câmara Federal, mesmo cargo almejado por Marcelo, que também se movimenta cedo e intensamente para a disputa. Agora…Casagrande, se tivesse que se meter, já teria feito, não?

Boca no trombone

Lá atrás, Marcelo fez dois discursos seguidos para criticar os secretários-candidatos do Estado, acusando-os de fazer dos cargos “comitês eleitorais”. Primeiro sem dar “nome aos bois”, depois direcionado a Freitas, acusado de excluir deputados de agendas oficiais. A fala gerou outras reclamações semelhantes contra o secretário de Saúde, Tyago Hoffmann, mais um candidato à Câmara Federal pelo PSB.

Boca no trombone II

Depois, em outra sessão, foi a vez do Dr. Bruno Resende (União) fazer um discurso incisivo, ao se referir a uma reunião que chamou de “vergonha”, realizada em Mimoso do Sul. Freitas não só teria declarado sua pré-candidatura como repreendido um grupo por não ter sido homenageado em evento da Comissão de Saúde e da Frente Parlamentar de Enfrentamento às Enchentes da Região Sul, ambas presididas pelo deputado. “Não podemos aceitar calados que isso continue a acontecer”, protestou.

Loteamento

Bruno Resende é mais um pré-candidato a deputado federal e seu reduto de votos é no sul, área oposta de Freitas, que tem base no norte. Quer dizer, a “ousadia” ter ocorrido em seu campo agravou ainda mais a situação.

Bonde lotado

Há poucos meses, o secretariado de Casagrande somava mais de 10 candidatos para o ano que vem à Câmara e à Assembleia, número agora já dobrado, envolvendo diferentes setores da gestão. É muita gente, e com a máquina nas mãos! Quer dizer, ruídos certos, e disputa por território também!

Volume reduzido

As reações dos bolsonaristas à prisão de Jair Bolsonaro (PL) nos legislativos estaduais nesta segunda foram menos volumosas do que se esperava. Os discursos na Assembleia e Câmara de Vitória ficaram restritos a poucos parlamentares, concentrados no PL, e ninguém explicou a violação da tornozeleira eletrônica. Predominou o mesmo enredo de sempre: “perseguição política”, “autoritarismo”, Alexandre de Moraes…

Volume reduzido II

No legislativo estadual, além de Lucas Polese, Capitão Assumção e Danilo Bahiense, os três do partido do ex-presidente, entrou no bloco de defesa Alcântaro Filho (Republicanos). Na Câmara, Armandinho Fontoura e Dárcio Bracarense, do PL, e Davi Esmael, também do Republicanos – a esquerda não deixou passar e fez sua parte como oposição, exaltando a prisão.

Toma lá, dá cá

Por falar em Alcântaro Filho, o deputado rebateu João Coser (PT) no plenário da Assembleia Legislativa na sessão desta segunda. Focou mais no PT do que no senador Fabiano Contarato, com falas sobre “mensalão”, “escândalo do INSS”, Lula e afins. Avisou, ainda, que não tem medo de processo de quebra de decoro, como anunciado pela deputada Iriny Lopes.

Toma lá, dá cá II

Coser, como detalhado aqui na semana passada, depois de protesto de Iriny, manifestou indignação em relação à postura de Alcântaro em xingar Contarato de “canalha” e apontar o PT como “a maior organização criminosa da política do País”. Chamou de “vergonha” e “falta de educação e decoro”. Depois, cobrou: “Esta Casa não pode tolerar tamanha agressividade!”. Veremos as próximas cenas!

Nas redes

“Bolsonaro continuará preso. A Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade manter a prisão preventiva do ex-presidente depois que ele tentou violar sua tornozeleira eletrônica. Ninguém está acima da lei!”. Helder Salomão, deputado federal pelo PT.

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