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Guerra antecipada

Meneguelli, enfim, reage às investidas de bolsonaristas: “canalhas” e “pilantras”

Redes Sociais

O deputado estadual Sérgio Meneguelli (Republicanos) demorou, mas reagiu às investidas contra ele protagonizadas no plenário da Câmara de Vitória, principalmente pelo vereador Armadinho Fontoura (PL) – como analisado aqui na coluna por mais de uma vez -, e nesta semana com coro de Dárcio Bracarense, do mesmo partido, tendo como pano de fundo a disputa ao Senado e as articulações lideradas pelo ex-governador Paulo Hartung (PSD). Em vídeo publicado nas redes sociais, ele começa dizendo: “estão querendo me derrubar”, para depois destacar que tem “sofrido ataques de “canalhas” e “pilantras”, “simplesmente porque aparece nas pesquisas como favorito”. Sem citar nomes, acusa autoria de “grupos políticos que querem eleger filhos e candidatos” e usam “inverdades”. O deputado refuta a acusação feita por Armandinho nessa terça-feira (11) de que responde à ação por “apropriação indevida de recursos públicos”, de 2000, período em que “não ocupava cargos públicos e era dono de floricultura”, como contesta. “Os que estão tentando me denegrir, um tem duas condenações quando era deputado federal, e o outro foi preso há pouco tempo e está usando tornozeleira eletrônica”. Ao se referir ao fator “filha”, para além da condenação, Meneguelli já insere no bolo o senador Magno Malta, dono do PL no Estado e empenhado em eleger Maguinha Malta. Na parte da prisão e tornozeleira, não é novidade, trata-se de Armandinho. O deputado encerra seu protesto com a convocação de uma “campanha diferente”, sem “jogo sujo”, e um “me deixe em paz!”. Na prática, a aposta, porém, é outra: vem muito mais por aí!

‘Desvio’

A tal condenação de Meneguelli foi levada por Armandinho ao plenário e depois repetida em material divulgado por sua assessoria. Diz que ele aparece em relatório do Ministério Público do Estado (MPES) por suposto recebimento de um cheque de R$ 5 mil, que seria destinado à entidade “Damas de Caridade de Colatina”, mas “foi desviado para fins particulares”.

‘Desvio’ II

Armadinho relaciona o ano com o período da Era Gratz, e inclusive chamou Meneguelli de “filhote de Gratz”. Mas afirma, também, que o deputado era vereador nessa época, o que ele rebate – de fato, os quatro mandatos na Câmara não correspondem ao ano informado.

‘Ficha limpa’

Meneguelli desafia, no vídeo, que alguém mostre uma condenação contra ele, enfatizou que sequer “responde a processo” e que tem “ficha limpa 100%”. Emendou: “eu não se sujaria por milhões, quanto mais por R$ 5 mil”.

‘Rasteira’

O deputado também não deixou de apontar que foi recorde de votação nas eleições à Assembleia Legislativa em 2022 e, segundo ele, o “mais votado do Brasil proporcionalmente”. Voltou a lembrar, ainda, “que já fizeram isso com ele há quatro anos”, quando foi barrado pelo Republicanos de disputar o Senado, o que resumiu como “rasteira covarde”. Na ocasião, completou, tinha 12 pontos à frente do senador eleito, justamente Magno Malta.

‘Esquerda’

Até esta semana, os discursos feitos por Armandinho disparavam críticas a Hartung e tratavam Meneguelli como “estelionato eleitoral”, assim como os bolsonaristas referem-se a Fabiano Contarato (PT), por ter “enganado” o eleitorado de direita, que votou nele sob a imagem do delegado linha-dura. A tentativa é emplacar no deputado a marca de político de “esquerda”, para não prejudicar as candidaturas aliadas do campo conservador.

‘Estratégia’

O bolsonarista nomeou nesse contexto as pré-candidaturas de Maguinha Malta, do também vereador de Vitória, Leonardo Monjardim (Novo), e do prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB). Criticou, ainda, que Hartung se vale de estratégias somente para atrapalhar os planos dos seus adversários, Renato Casagrande (PSB) e Ricardo Ferraço (MDB). No caso de Meneguelli, o palanque seria erguido pelo PSD.

Gota d’ água

Junto com esse “estelionato eleitoral”, Armandinho sempre acrescentou outros adjetivos negativos, como “fanfarrão”, “retrocesso”, “bebê reborn envelhecido” e mistura de “Contarato com Marcos do Val [Podemos]”, além de menosprezar a produção legislativa Meneguelli. Mas o que gerou a reação, mesmo, do deputado, foi o elemento novo da acusação de desvio de recursos.

Mirou no alvo

Sobre a atuação na Assembleia, Meneguelli destaca que tem “mais de 110 projetos e mais de R$ 2 milhões distribuídos às Apaes”. Foi nessa linha da produção que Dárcio Bracarense pegou embalo nesta semana, acrescentando que “Assembleia não é casa de caridade, o Senado também não”, e que “as pessoas têm pena do Meneguelli, porque se apresenta de forma doce, educada, que vai cuidar do ‘jardinzinho”.

Nas redes

“Hoje [quarta, 12] as agendas foram no sul do Espírito Santo, passando por Alfredo Chaves e Iconha (…) ao lado do nosso deputado estadual João Coser, conversamos com a população, com lideranças locais e com companheiros e companheiras do partido para compreender as demandas e construir, juntos e juntas, caminhos para solucioná-las (…)”. Karla Coser, vereadora de Vitória pelo PT, de volta às ruas após licença-maternidade.

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