Domingo, 28 Abril 2024

Juntos e misturados

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Redes Sociais

Depois do "quase" em maio passado, a agora efetiva exoneração de Luciano Gagno da Secretaria de Cultura de Vitória, abrindo espaço para o PP, começa a dar forma ao arranjo articulado para o projeto de reeleição do prefeito Lorenzo Pazolini, do Republicanos. Lideranças dos dois partidos definem há meses a aliança, em movimento liderado pelo deputado federal Da Vitória (PP) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), com reflexos também para 2026. O nome, mesmo, de quem vai ocupar a cadeira municipal, aliás cheia de polêmicas e denúncias, ainda é uma incógnita, já que o PP não tem quadros na Capital. A primeira opção levantada, do vereador Anderson Goggi, acabou em recusa ao convite. Desde então, passaram-se pouco mais de dois meses, com algumas turbulências entre o próprio Goggi e Pazolini, hoje já pacificadas, e as conversas seguiram. Com a entrada oficial do PP, o prefeito começa o processo eleitoral com o partido que tem espaço de destaque na mesa, devido ao crescimento registrado em 2022, e também com o Novo, este, pelo contrário, de pouca expressão no Estado. Por outro lado, tensiona mais uma vez a corda com Renato Casagrande (PSB). Da base aliada, a primeira sinalização do PP na direção de Pazolini, oposição ao governador, rendeu reações incisivas e ameaças de exonerações. Desta vez, também não há motivos para esperar nada diferente. Alvoroço político à vista!

PT-PSB
Os avanços nessa aliança, formando um bloco com projetos também para 2026, como já tratei aqui, vão exigir de Casagrande tomar partido na disputa, o que tem evitado nos últimos pleitos. O candidato do governador em Vitória é o deputado estadual João Coser (PT). A principal legenda aliada é, justamente, o PSB. Veremos!

PT-Psol
Naturalmente, no campo de esquerda, o palanque de Coser poderia contar também com o Psol. Ainda há controvérsias, porém, se as lideranças devem convergir para derrotar o prefeito e o bolsonarismo, ou se a deputada estadual Camila Valadão (Psol), valendo-se do seu alto desempenho, vai assumir uma candidatura própria.

PL
Fora desses blocos, já entrou no jogo, com anúncio oficial, o deputado estadual Capitão Assumção (PL), que também disputou em 2020, mas agora vem com uma marca de segundo mais votado em 2022. A candidatura do bolsonarista transita na mesma área de Pazolini e deve atrair, como de costuma, poucas siglas, alinhadas à extrema-direita.

Abrigo
Como o interesse de Pazolini nunca foi exonerar Gagno pelos motivos até então cobrados, e sim apenas por acomodação eleitoral, o agora ex-secretário recebeu a devida acomodação em outro cargo na gestão. Ele passou a responder como assessor especial da Secretaria de Governo, do empresário Aridelmo Teixeira, presidente estadual do Novo.

Abacaxi
Gagno acumula denúncias que vão desde medidas ilegais em editais e LGBTfobia, a contratações irregulares e direcionadas, que chegaram também à Justiça. Outro dia, precisou comparecer à Comissão de Cultura da Câmara para se explicar, convocado justamente por Goggi. Fora isso...

Abacaxi II
...sob seu comando, a pasta estabeleceu zero diálogo com o setor e só acentuou embates com a sociedade civil organizada. O próximo gestor terá, inevitavelmente, um abacaxi para descascar! Apostas abertas!

Veja só...
Fora da área para tentar "baixar a poeira" e com cobranças para entregar a cadeira à suplência, Marcos Do Val retornou ao Senado nesta terça, após licença médica de 41 dias, tirada na ressaca da operação da Polícia Federal realizada em seus endereços. Ele lamentou – ô dó! -, em plenário, a falta das redes sociais, suspensas pela PF, e que utilizava para espalhar versões inverídicas e ataques: "Só tenho essa tribuna para falar", afirmou.

Lista
Responsável por protagonizar incontáveis "trapalhadas", Do Val é investigado sobre um possível plano de golpe de estado, arquitetado entre ele, o ex-deputado Daniel Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); por obstrução da investigação do atos golpistas de 8 de janeiro; e por divulgar documentos sigilosos e publicar ofensas e ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Nada x nada
A sessão pós recesso parlamentar na Assembleia Legislativa, nesta terça, foi devagar, quase parando. Os deputados ainda disseram que anteciparam a de quarta (2) pela manhã, por conta do jogo da Seleção Feminina de Futebol. Ou seja, ambas não deram o tempo nem de uma completa e, agora, só semana que vem. Ai, ai...

Nas redes
"Vejam essa simples comparação: no GovES temos Fabricio Noronha fazendo um belo trabalho na Cultura, além de ser presidente do Fórum Nacional de Secretário de Cultura do Brasil. Em Vitória temos um completo abandono da pasta e hoje, mais uma vez, o secretário pediu exoneração, triste fim". Fabrício Pancotto, presidente do PSB de Vitória.

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Comandantes de partidos e lideranças do Republicanos e PP seguem no tête-à-tête. À toa, que não é!
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