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Mercados ‘em chamas’

Caso da vice-presidente do TRT é “abraçado” por vereadores bolsonaristas de Vitória

Redes Sociais

O embate na área da Justiça do Trabalho capixaba, que foi parar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com uma denúncia contra a vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (TRT17), Marise Medeiros Cavalcanti Chamberlain, foi “abraçado” por bolsonaristas no campo político. O caso se tornou público na última sexta-feira (22), e logo virou tema de um canal da extrema direita no Youtube, o Bradok Show, com a presença do vereador de Vitória Darcio Bracarense (PL), que apontou “cerco” e “perseguição política”, e anunciou protocolar uma “moção de aplausos” à desembargadora. Nesta segunda (25), foi a vez de Armandinho Fontoura (PL) discursar no plenário da Câmara, citando “patrulha ideológica”, “censura” e “assassinato de reputações”. A repercussão já era de se esperar, considerando a questão política que deflagrou a reclamação disciplinar protocolada pelo desembargador do Trabalho aposentado José Carlos Rizk; pelo juiz titular da 13ª Vara do Trabalho de Vitória, Roque Messias Calsoni; e pela juíza titular da 2ª Vara do Trabalho de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado), Suzane Schulz Ribeiro. Eles apontam “ataques agressivos e intimidatórios” e “acusações levianas” de Marise em grupo de WhatsApp e manifestações extremistas nas redes sociais, comportamentos “incompatíveis” com a magistratura. O documento pede a instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e medidas como sanção de aposentadoria compulsória, proibição de ocupar cargos de direção e de correições, e busca e apreensão de aparelhos digitais. A medida rende burburinho no mercado jurídico, com um ingrediente a mais: a desembargadora é considerada a sucessora natural à Presidência do TRT17, pleito que ocorre daqui a um ano. Alguém duvida de que vem muito mais por aí?! A conferir!

‘Convite’

No canal no Youtube, Darcio fez ainda um “convite” a Rizk para uma “conversa civilizada e pública” no plenário da Câmara, e prometeu não promover ataques ad hominen. Segundos antes, porém, ele reproduziu as acusações da desembargadora que fazem o contrário: ela pediu explicações ao desembargador aposentado sobre uma suposta transferência de dinheiro que envolveria seu filho e ex-presidente da OAB, José Carlos Rizk Filho.

Reação

No plenário da Câmara nesta segunda, também teve contestação à defesa da desembargadora, pelo vereador Professor Jocelino (PT). Ele não se estendeu muito, mas citou o nome de José Carlos Rizk positivamente, e destacou que a “desembargadora está em plena atividade e tem que ter responsabilidade em seus posicionamentos”. Os demais, por ora, não quiseram colocar a mão nesse vespeiro.

Fatos

O tal grupo relatado na reclamação é o da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 17ª Região (Amatra 17), e tudo começou com o envio de uma nota da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) condenando as sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na chamada Lei Magnitsky.

Fatos II

Daí se sucedeu uma sequência de manifestações de Marise, acrescentada de acusações de cunho pessoal. Ela também postou vídeos de figuras de extrema direita e emendou frases como: “vocês esquerdistas de m*rda”; “criatura abjeta”; ‘esquerdalha’ militante, com esse discurso filho da p*ta e não ‘tô’ a fim”; “não serei civilizada com gentalha”…

Andamento

O atual “pé” do processo é o seguinte: o ministro Mauro Campbell Marques, do CNJ, classificou os fatos narrados como “graves” e abriu prazo para a desembargadora de manifestar. A defesa pediu a decretação de segredo de Justiça. O afastamento cautelar de Marise foi negado de forma liminar – Campbell alegou que o debate ocorreu em lista particular de mensagens.

Nas ruas

Por falar em bolsonaristas, o próximo ato de rua convocado no Estado é no dia 7 de setembro, Dia da Independência, e tem a chamada “Reaja Brasil”. O esquema é o mesmo: concentração no Moby Dick, e segue de Vila Velha para atravessar a Terceira Ponte até Vitória. Puxados pelo senador Magno Malta (PL), esses protestos têm sido convocados como “fora Lula, fora Moraes” e em defesa do ex-presidente, mas…

Palanques

….têm sido palcos para discursos de pré-candidatos de 2026 e pela presença de representantes de partidos que devem fechar aliança com o PL, como o Republicanos e o Novo. O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), foi convidado para o último, mas não apareceu. Vai esperar o ano que vem?

Juntos

Pazolini, aliás, bateu perna nesse final de semana em Colatina, noroeste do Estado, ao lado do prefeito Renzo Vasconcelos (PSD), no evento de aniversário da cidade. Colado com os dois, o presidente estadual do Republicanos, Erick Musso. O PSD também está no mesmo bloco de alianças para a disputa de 2026, na posição de “comissão de frente”.

E agora?

O senador Marcos do Val (Podemos) voltou a desafiar Alexandre de Moraes. Proibido de usar as redes sociais, ele realizou uma live na última sexta-feira e disparou críticas diretas, além de mostrar a imagem do tornozelo sangrando após a instalação da tornozeleira eletrônica. O Senado, vale lembrar, já estuda há dias o que fazer com Do Val. Se a situação estava ruim…piorou!

Nas redes

“A Avenida Transamazônica foi totalmente revitalizada e entregue hoje [domingo, 24], trazendo mais dignidade e mobilidade para a Região 5. Essa conquista é resultado da parceria entre a Prefeitura de Vila Velha e o Governo do Estado. Trabalho que segue firme, transformando a cidade e garantindo mais qualidade de vida para todos”. Arnaldinho Borgo (sem partido) e Renato Casagrande (PSB) aumentando a lista de obras no município.

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