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No alvo, de novo

“Em paridade de condições, nós disputaremos”, demarca Bruno Resende a Freitas

JV Andrade/Ales

A briga entre os deputados e o diretor-geral do Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado (DER), Eustáquio de Freitas (PSB), registrou mais um capítulo na sessão desta segunda-feira (12). Desta vez, por meio de um discurso incisivo do Dr. Bruno Resende (União), o primeiro dele que me recordo ter visto assim, em tom exaltado. Ele se referiu a uma reunião, que chamou de “vergonha”, realizada no distrito de Conceição de Muqui, em Mimoso do Sul, com a presença de Freitas, vice-prefeitos, vereadores e lideranças, referente à pavimentação de um trecho da ES-391 autorizada pelo governador Renato Casagrande (PSB), demanda antiga da comunidade. Por lá, protestou o deputado, Freitas não só teria declarado sua pré-candidatura à Câmara Federal, como repreendeu um grupo por não ter sido homenageado no evento realizado no final de março pela Comissão de Saúde da Assembleia e a Frente Parlamentar de Enfrentamento às Enchentes da Região Sul, ambas presididas por Dr. Bruno Resende, para marcar um ano das ações de reconstrução de Mimoso após a tragédia ambiental de 2024. Certa hora, acrescentou o deputado, uma liderança teria agradecido a Casagrande pelas medidas, e Freitas retrucou: “o governador não, o DER”. Declarando-se aliado do governador, Bruno destacou que “está gritando o que muitos deputados têm gritado nas últimas semanas” e que “não podemos aceitar calados que isso continue a acontecer”. Em mais uma queixa, apontou que Freitas “está esquecendo de liderar e pensando nas eleições de 2026”. Depois perguntou: “onde vamos parar?”. O enredo, já repetido pela terceira vez em pouco tempo no plenário da Assembleia, no caso de Bruno, mexe com a disputa para qual ele também está cotado no ano que vem e ainda no seu reduto eleitoral, o sul do Estado – Freitas é do norte. Não à toa, o deputado também demarcou: “em paridade de condições, nós disputaremos!

No alvo, de novo II

Dr. Bruno Resende também repetiu as insatisfações mais generalizadas, que têm relação com a exclusão de deputados das entregas ligadas a indicações dos seus respectivos mandatos. Também em contexto já citado pelo presidente da Casa, Marcelo Santos (União), afirmou que o problema não se restringe a Freitas – o DER, porém, tem se mantido no centro da polêmica desde a semana passada.

Incêndio descontrolado

No discurso de Marcelo Santos da última terça-feira (8), ele avisou que não vai “segurar” os deputados e alertou sobre a “governabilidade”. A conferir, o que o governo pretende fazer – se é que pretende…

Ruídos

O evento que reuniu a “base conservadora” de Vitória na Câmara nesse sábado (12) deixou o presidente do legislativo municipal, Anderson Goggi (PP), insatisfeito. Na sessão desta segunda-feira (14), em meio a discurso de exaltações do vereador Davi Esmael (Republicanos), ele chamou o deputado Callegari (PL), que convocou o encontro, de “mal-educado”.

Ruídos II

Goggi não foi convidado a compor a mesa e disse que “nunca viu isso na vida”, já que foi “o proponente do evento a pedido de Callegari”. Para incrementar, completou: “na minha visão, o deputado não é o que representa a direita do Estado”.

Aliança

O evento teve como “estrela” o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que pavimenta sua candidatura ao governo em 2026 no campo de oposição. Em mais um aceno ao PL, ele voltou a defender a anistia aos presos e condenados do 8 de janeiro e falou contra “a legalização das drogas, o aborto e tudo que destrói a família”.

Projetos paralelos

Como já indicavam os sinais políticos, nada da presença do senador Magno Malta, o “dono” do PL no Espírito Santo. Ele só apareceu nesse campo ao governo no início das movimentações eleitorais deste ano, mas depois passou a se concentrar somente no seu projeto familiar, que é eleger a filha, Maguinha Malta (PL), para o Senado. As lideranças do partido, a contar pelas conversas e agendas com o prefeito, estão livres para o apoio.

Duplo sentido

Por falar em Pazolini, depois do vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), o prefeito lançou seu uniforme eleitoral. Nas andanças pelo interior desse final de semana, ele surgiu com uma blusa preta escrito: “O Espírito Santo é 10, com a imagem do mapa capixaba”. O número 10, como se sabe, se refere ao partido de Pazolini.

Duplo sentido II

A de Ferraço, só para relembrar, também é preta. Na parte da frente, está escrito Espírito Santo, e atrás, o mapa, com a continuação: “O Brasil que deu certo”. 

Nas redes

“Acabei de me reunir com o vice-presidente Geraldo Alckimin [PSB] para tratar dos impactos da taxação de 50% imposta pelo presidente Donald Trump aos produtos brasileiros. Essa medida ameaça o emprego, a produção e a competitividade de estados exportadores como o Espírito Santo. Seguimos defendendo o comércio justo, o diálogo e a soberania do Brasil”. Renato Casagrande, governador pelo PSB.

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