Quinta, 25 Abril 2024

Nova configuração

tyago_daniel_redes_sociais Redes sociais
Redes sociais

Ainda na repercussão da "dança das cadeiras" efetivada por Renato Casagrande no alto escalão de sua equipe, que tirou do cargo de coordenação do governo um aliado antigo e homem de confiança, Tyago Hoffmann, chamou atenção nessa segunda-feira (1) o discurso do deputado e também aliado, Bruno Lamas (PSB), no plenário da Assembleia Legislativa. Quatro dias depois do anúncio feito pelo governador ao lado da vice, Jaqueline Moraes (PSB), ele comparou: "Sai um técnico de qualidade, entra um político". Isso depois de tecer inúmeros elogios a Hoffmann, substituído na função pelo presidente da Associação dos Municípios do Estado (Amunes) e ex-prefeito de Viana, Gilson Daniel (Podemos). Lamas "lamentou profundamente" a mudança e, ao contrário dos extensos adjetivos listados em relação a Hoffmann, se limitou a dizer que Gilson Daniel "tem capacidade, acredito que sim, fez boas gestões, mas é político". O deputado disse esperar, ainda, que seja mantida a atuação da Secretaria de Governo "no mesmo patamar de desenvoltura, atividade e competência". Embora o próprio Hoffmann tente passar publicamente que a troca não causou nenhum ruído ou desconforto, sua saída de um cargo tão estratégico, mesmo que para assumir uma pasta exclusiva, rende burburinhos nas rodas políticas. Ele agora é um supersecretário, da nova pasta de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento, e atuará diretamente com o empresariado. Já Gilson Daniel, que fortaleceu ainda mais sua relação política com Casagrande nos últimos tempos, colocará o governo próximo dos prefeitos, abrindo campo e alianças para as eleições de 2022. Os dois já assumiram as ações nas respectivas funções, dentro da configuração planejada pela gestão estadual. Agora, é esperar pra ver.

Missão dada
Gilson Daniel, aliás, dá prosseguimento à frente do novo cargo nas articulações para a formatação da eleição para o comando da Amunes, que será realizada no dia 31 de março. A ideia é chapa de consenso.

Missão dada II
Como dito aqui semana passada, subiu nas cotações o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado), Victor Coelho (PSB), aliado fiel de Casagrande, e reeleito com 53% dos votos em um polo estratégico do Estado. Mas, da base, tem ainda no circuito o prefeito de Anchieta, Fabrício Petri (PSB), e o de Ibatiba, Luciano Pingo (Republicanos).

Sem incêndio
O governo não deve provocar, como também sinalizado, a polêmica de colocar ex-prefeito como candidato. Almejava o cargo o atual vice-presidente da entidade e ex-prefeito de Nova Venécia, Lubiana Barrigueira (PSB), o que gerou protestos, o principal deles do prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos (PSD). Mas Barrigueira terá seus dias de glória na presidência, assumindo no lugar de Gilson Daniel, até a posse da futura gestão, em abril.

Pautas
O escolhido para a coordenação de governo e Casagrande se reuniram nessa segunda com o presidente da Assembleia, Erick Musso (Republicanos). Ao que tudo indica, o cardápio foi a própria disputa da Amunes e a estratégia de Erick para não perder o comando do legislativo.

Pautas II
A ação do Pros protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF), que pede destituição da atual Mesa Diretora e nova eleição, ainda não teve decisão. Mas o Supremo tem se manifestado contra os interesses de Erick em outros casos. O deputado está na terceira gestão consecutiva à frente da Assembleia. Casagrande já manifestou torcida para que ele não "caia".

Começou mal
A propósito, não bastasse encerrar as sessões mais cedo, como tem ocorrido regularmente, quase não teve quórum na Assembleia em plena segundona e logo no início da sessão. A deputada estadual Iriny Lopes (PT) chegou a pedir verificação. Eram dez parlamentares em plenário, três online, de 30 ano todo. E só não foi derrubada porque apareceram outros "gatos pingados", dois dentro do carro, em trânsito, sabe Deus por quê e pra onde".

Jeitinho
Essas cenas fazem parte das situações questionáveis criadas pela pandemia do coronavírus e seu sistema híbrido de sessão ordinária. Por um lado necessário, para evitar contágios. Por outro, tem deputado que exagera. Entra online de qualquer lugar, garantindo a presença, mesmo que muitas vezes em outras programações.

Mais uma
O deputado Marcelo Santos (Podemos) foi eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação no lugar de Enivaldo dos Anjos. Ele já preside a CPI das Licenças, que deveria investigar as poluidoras Vale e ArcelorMittal, porém, está mais parada que tudo, desde 2019.

'Exs'
Coordenador da bancada capixaba no Congresso Nacional, o deputado federal Da Vitória (Cidadania) se reuniu com dois "exs" nessa segunda-feira (1), para conversas políticas: Luciano Rezende, correligionário e ex-prefeito de Vitória, e Magno Malta (PL), ex-senador. Projetos futuros?

PENSAMENTO:
"Estamos pagando o preço da irresponsabilidade das festas de final de ano e verão". Deputado estadual Sergio Majeski (PSB), sobre o agravamento e crise da pandemia do coronavírus

Veja mais notícias sobre Socioeconômicas.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 25 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/