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Pontos soltos

PT, hoje, só crava três candidatos a governador. Por aqui, debate passa por Helder e Ferraço

Kayo Magalhães/ Leonardo Sá

Com a prioridade de garantir alianças fortes para a reeleição do presidente Lula em 2026 e candidaturas competitivas ao Senado – onde está a principal ofensiva bolsonarista -, o quadro nacional que envolve o PT só considera certas, hoje, três palanques a governador, todos em busca de reeleição: Elmano de Freitas (CE), Jerônimo Rodrigues (BA) e Rafael Fonteles (PI). O panorama também aponta chances de não ter candidatos no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em nome de convergências com outras lideranças bem cotadas e que transitam pelo centro. O quadro, caso se confirme ou pouco se altere até lá, representaria o menor número de candidatos da história do partido, como aponta levantamento do jornal O Globo, com base em projeções de dirigentes. A considerar as movimentações atuais registradas no Espírito Santo, o “diagnóstico” faz jus aos planos levantados por lideranças de investir, primeiro, na reeleição de Fabiano Contarato, e fortalecer a Câmara dos Deputados – atualmente, são duas cadeiras, de Helder Salomão e Jack Rocha. A única opção ao governo, como se sabe, seria justamente Helder, campeão da disputa de 2022, porém um debate ainda frio e que deixaria o PT novamente isolado no pleito. Sem o palanque próprio, restaria à legenda permanecer onde está, na base de Renato Casagrande (PSB), mas aí, outro problema: o candidato à sucessão é o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), ligado ao empresariado e crítico do PT. Como ligar todos esses pontos e interesses, é o que as rodas políticas querem logo saber…

Mesa aberta

No PT capixaba, as conversas sobre a candidatura ao governo devem começar a ganhar força agora. O partido estava concentrado no Processo de Eleição Direta (PED), que consagrou o retorno do deputado estadual João Coser ao comando da executiva. Ele e sua adversária, deputada federal Jack Rocha, defenderam durante o processo, a definição de um palanque para chamar de seu.

Espaços

Coser é um dos candidatos à Câmara Federal, assim como Jack. Nesse campo, o PT tem a meta de fazer três cadeiras, o que não se desenha tão simples em um cenário previsto para ser acirrado. Se Helder, puxador de votos, “subir” ao governo, qual seria o impacto? Veremos!

Tiro no pé

Em 2022, o PT abriu mão do palanque de Contarato ao governo para garantir a aliança nacional com o PSB de Renato Casagrande, candidato à reeleição. Ele não fez campanha para Lula e o partido ficou de mãos abanando na contrapartida. Com Ferraço, vai piorar.

Números

O levantamento de O Globo lembra que, em 2002, quando Lula foi eleito pela primeira vez, o PT chegou a ter 24 candidatos aos governos. O cenário depois oscilou de acordo com a estratégia da corrida presidencial. Na última eleição, em 2022, foram 13 nomes. O menor número, até então, foi em 2010, com apenas dez. 

Plano A

O foco na reeleição de Lula e no Senado responde aos planos de Jair Bolsonaro e seu grupo político. O ex-presidente tem anunciado que quer aumentar a bancada do PL para 20 senadores, para que, com a maioria, efetive medidas contra o Supremo Tribunal Federal (STF). A Casa é o único espaço possível para votação de pedidos de impeachment contra ministros.

Extremos

Nessa guerra PT x PL no Estado, ficarão nos extremos Contarato e a filha do senador Magno Malta, Maguinha Malta. Ela vai estrear em eleição, mas já delimita o território ligado ao pai, com discursos para lá de ensaiados.

Sempre na mira

Contarato, como se sabe, é alvo constante de bolsonaristas por ter se elegido com a marca de delegado e conservador, o que eles chamam de “estelionato eleitoral”. O assunto, inclusive, voltou aos discursos em plenário nessa segunda-feira (28), na sessão da Câmara de Vitória, em meio a críticas ao também senador Marcos do Val (Podemos).

Ai, ai…

A propósito, em mais um capítulo de sua viagem não autorizada para os Estados Unidos, Do Val solicitou ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o desbloqueio imediato de todas as suas contas bancárias, cartões, chaves Pix e afins, para tentar reverter a decisão do ministro Alexandre de Moraes. O senador repete o mesmo enredo: “medidas ilegais” e “perseguição política”.

Nas redes

“Cinco dias, 16 cidades capixabas visitadas. Nosso trabalho é estar perto da população, ouvir os desafios e colaborar com a melhoria da qualidade de vida. Ouvir depoimentos como estes são o combustível que nos faz acreditar e nos motivam a sair de casa todos os dias”. Da Vitória, deputado federal pelo PP, em campo para pavimentar uma candidatura ao Senado em 2026.

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