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Rumos políticos

UP: Marcelo (agora, sim) prestes a assumir o comando ao lado de Da Vitória; e exaltações à oposição

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Mais de três meses depois do encontro analisado aqui na coluna que vendeu um clima de “paz e amor” entre o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos, e o secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni, em relação à presidência do União Brasil, a questão, enfim, será oficializada. Com a conferência de homologação da superfederação formada pelo partido e o PP, nessa terça-feira (19), em Brasília, Marcelo assumirá, agora de fato e de direito, a executiva capixaba, ao lado do deputado federal Da Vitória (PP), este o comandante número um da superfederação. Resolvido esse ponto, após períodos de embate interno e discordâncias, outro contexto merece registro. O evento foi marcado por discursos de oposição ao Governo Lula – detalhe: os dois partidos têm ministérios – e exaltações ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), campo oposto à aliança firmada hoje no Espírito Santo. O União e o PP, por aqui, estão com o grupo do governador Renato Casagrande (PSB). Marcelo é candidato à Câmara Federal e Da Vitória pleiteia uma das vagas da disputa ao Senado ao lado de Casagrande no palanque do vice, Ricardo Ferraço (MDB). O PL de Bolsonaro avança na aliança com o Republicanos, legenda do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, principal adversário de Ricardo no xadrez eleitoral atual. Com a superfederação União Progressista (UP) “on”, veremos como ficarão os respingos das decisões nacionais nos estados, as possíveis debandadas, e afins. Por ora, sinais de novos capítulos de “esquizofrenia político-partidária”.

Contra a parede

No anúncio da nova configuração, os partidos passaram, mais uma vez, o clima de “paz e amor”. Rigoni será o vice-presidente do União. Na verdade, mesmo, ele teve que ceder ao acordo, por livre e espontânea pressão, sob risco de sofrer intervenção da Nacional.

Contra a parede II

Do ponto de vista político, não tinha como Rigoni disputar com Marcelo. O secretário e ex-deputado federal vem de derrota eleitoral. Para piorar, não soube conduzir o União no pleito de 2024, agravando o cenário que coloca a legenda no Estado na contramão do crescimento registrado no País.

Tem votos

Nos bastidores, há dúvidas se Rigoni permanece no partido. Não tem muito tempo, surgiram conversas de que ele poderia se filiar ao Podemos e tentar novamente a Câmara Federal. Para o União, é bom que ele fique. Embora não tenha conseguido retornar ao cargo de deputado em 2022, Rigoni alcançou 63,3 mil votos. A meta da UP é fazer três cadeiras.

Vários capítulos

O processo da presidência do União, vale lembrar, começou ainda no ano passado e fez parte do acordo firmado em torno da reeleição de Marcelo Santos ao comando da Assembleia. A troca foi a confirmação de apoio ao grupo de Casagrande em 2026, em um momento em que Marcelo apoiava vários nomes da oposição, como o próprio Pazolini.

Passos para trás

A proposta inicial era o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), assumir o partido no Espírito Santo. Mas veio a superfederação, e ele perdeu o interesse, já que sairia do papel de protagonista para virar coadjuvante, o que não alteraria a situação que já vive no MDB, onde permanece.

Bala na agulha

A superfederação terá quatro anos de duração, período de duas eleições, a de 2026, que já corre antecipada, e a de 2028. O bloco vem com tudo: terá a maior parcela do fundo partidário e eleitoral e maior tempo de propaganda eleitoral na TV e rádio.

Bala na agulha II

A previsão, logo de saída, é de aumento de 20% nas bancadas legislativas. Na Câmara dos Deputados, assume o maior bloco, com 109 nomes. No Senado, chegará a 15. Governadores são seis; prefeitos eleitos em todo o País,1,3 mil; e vereadores, 12 mil. No Estado…

Bala na agulha III

….o grupo se mantém com duas cadeiras na Câmara pelo PP, de Da Vitória e Evair de Melo – União não tem ninguém – e, na Assembleia, se tornará a maior bancada, com Marcos Madureira, Raquel Lessa e Zé Preto, do PP; e Denninho Silva, Bruno Resende e Marcelo Santos, do União.

Pergunta em aberto

A propósito, e Evair, hein? Vai disputar a reeleição e permanecer no PP, ou ainda tem planos de voos mais altos – leia-se o Senado – na chapa de Pazolini, com quem circula freneticamente pelo Estado?

Nas redes

“O maior partido do Brasil já é realidade e nasce com a missão de discutir uma agenda nacional, de unir o nosso país e devolvê-lo aos brasileiros. O União Progressista é mais do que um partido: é uma ideia de reconstrução. Um projeto para um novo Brasil, que vai além dos extremos ideológicos e coloca no centro do debate as políticas públicas de verdade, que unem e transformam (…)”. Marcelo Santos, presidente da Assembleia e futuro presidente do União Brasil.

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