Candidata até então abraçada pelo grupo palaciano que havia ficado órfão do governador Paulo Hartung, no que seria sua primeira jogada política da reta final da definição do quadro eleitoral, a senadora Rose de Freitas (Podemos) mantém seu projeto majoritário, mas sob risco de perdas pra lá de consideráveis, caso seja consolidada a atual e segunda jogada em curso, que apareceu ainda em meio à ressaca anterior. Com os aliados de Hartung em campo para apontar elementos que justifiquem o “fico”, Rose pode voltar ao início do tabuleiro, contando de saída com a Rede, do prefeito da Serra, Audifax Barcelos. O que circula nos bastidores, porém, é que há uma tentativa do grupo de convencimento a Rose de que, com a retomada da candidatura à reeleição (se é que não passa de factoide), ela não será atropelada pelo grupo, que, desde sempre, só tem olhos para Hartung. A sinalização do retorno das articulações à estaca zero, por outro lado, reacende a perspectiva de segundo turno, que havia sido eliminada sem o palanque oficial. Embora o mercado político esteja, de novo, mais do que em polvorosa, a ordem é aguardar Hartung “colocar a cara na reta”. Haja paciência, viu?!
Sem limite II
Hartung, não é novidade, nunca foi confiável nas suas estratégias políticas. E Rose sabe muito bem disso! Mas, peraí, também!
‘Zzzz…’
O papo agora para justificar o “volta, Hartung”, é que ele, como “grande líder”, deve atender ao chamado dos aliados. Nova versão do “salvador da pátria”, que já não cola mais.
‘Zzzz II…’
Para incrementar o fato político criado pelo governador nesta terça, seis partidos divulgaram um manifesto suplicando a candidatura à reeleição: o próprio MDB, além do PSD, PRB, PMN, PEN e PTB.
Tiro no pé
Com a base dividida até aqui, a expectativa é exatamente saber quais lideranças largarão tudo a essa altura do campeonato para correr atrás de Hartung, e aquelas que manterão o compromisso e a coerência. Posturas como a do governador não têm descido na goela da população.
Anote aí…
Senador Ricardo Ferraço (PSDB), deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) e deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) anunciaram apoio ao ex-governador Renato Casagrande (PSB) também nesta terça-feira, com foto e discursos. Melhor anotar…
Vale tudo
Por falar no PSD, não sei agora, mas até essa segunda-feira (23), a situação estava tão complicada para o ex-prefeito Neucimar Fraga (PSD) coligar com alguém, devido ao seu peso numa chapa, que ele estava atrás até do “patinho feito” das eleições, o PT.
Só no ensaio
Do lado de Casagrande (PSB), uma aliança que já era dada como certa, acabou emperrada. Com o PCdoB, do deputado federal Givaldo Vieira, para as proporcionais. Proteção a Paulo Foletto (PSB)?
Sob ameaça II
Para quem não se lembra, Foletto estava tranquilo, tranquilo, com a reeleição considerada garantida, porque iria sozinho. Aí o vento virou – e já desvirou – e Casagrande reuniu um bloco amplo de aliados. A situação apertou para o lado do socialista, que insiste na estratégia inicial.
Estreia fraca
O tenente-coronel Carlos Alberto Foresti (PSL) não é novato em eleição, como citado na coluna passada. Mas quase isso! De Ibiraçu vem a lembrança de que ele concorreu para vereador no município em 2016, pelo DEM. Teve míseros 66 votos. Por lá, dizem que a expressão é a seguinte: “num saiu do capote”.
Definições
Agora, ou Foresti vai para boca do leão, leia-se Palácio Anchieta, ou disputará outro cargo, entregando a cabeça de chapa ao deputado federal Carlos Manato.
PENSAMENTO:
“O universo é uma harmonia de contrários”. Pitágoras