Sábado, 20 Abril 2024

Sem martelo

lula_contarato_Ricardo_Stuckert Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert

O anunciado encontro do ex-presidente Lula com o senador Fabiano Contarato (Rede) foi realizado na manhã desta terça-feira (4), em Brasília, oficializando o convite de filiação ao PT. Terminou, porém, sem a batida do martelo. Contarato disse que "vai avaliar com muito carinho", alegando que tem construído diálogos "com partidos com os quais me identifico mais, que são partidos progressistas". No centro da questão, como já dito aqui, uma possível candidatura ao governo do Estado em 2022, com um representante da oposição a Jair Bolsonaro, o que seria estratégico para o PT, que precisa urgente recuperar espaços. Mas que pode esbarrar, também, em obstáculos para alianças no campo nacional referentes ao projeto prioritário da disputa à Presidência da República. O próprio PT se aproxima do PSB, legenda do governador Renato Casagrande, candidato à reeleição. Mesmo problema ocorre no PDT, também citado como destino para Contarato, assim como até o PSB. Fora desse acordo, quem mais está no jogo? O palanque local será defendido a todo custo? É o que veremos...

Urgências
Outros assuntos em pauta foram a articulação para ampliar o auxílio emergencial de R$ 600,00 e medidas para enfrentar a grave crise sanitária que já levou mais de 400 mil pessoas à morte. Nesse mesmo sentido, Lula encontrou ainda outras lideranças políticas e também debateu alianças no Rio de Janeiro, com Marcelo Freixo (Psol).

'Comitiva'
Do encontro entre Lula e Contarato, também participaram, do PT, o deputado federal Helder Salomão, a presidente nacional, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR); o ex-presidenciável Fernando Haddad; e os senadores Paulo Rocha (PA), líder do partido no Senado, e Jaques Wagner (BA).

'Muito feliz'
Em suas redes sociais, aliás, 
Helder expôs mais que a informação oficial. Disse que Contarato "ficou muito feliz com o convite, que tem identidade com as bandeiras do partido e que está empenhado em ajudar a construir um projeto para o Brasil e para o Espírito Santo". 

Nada
O próprio senador, até agora, nada publicou sobre o encontro em seus perfis nas internet.

Parceria
Na coluna passada, apontei que a antiga aliança entre PSB e PT voltou a ser debatida após a retomada dos direitos políticos do ex-presidente. Já foi consolidada no Piauí, Paraíba e Amapá, e prossegue no Espírito Santo, Pernambuco e Sergipe, dependendo, porém, das amarrações atuais.

Protagonismo
A propósito, o projeto de autoria de Contarato que estabelece um piso nacional para a enfermagem no Senado, depois de puxado pela deputada estadual Janete de Sá (PMN) no plenário da Assembleia, atraiu mais parlamentar atrás de assumir o protagonismo local: o presidente Erick Musso (Republicanos).

Protagonismo II
Na sessão desta segunda-feira (3) da Assembleia, Erick convocou os deputados a assinarem uma indicação de sua autoria, para que o governo do Estado faça o aporte do mesmo valor destinado aos professores para compra de computadores e ajuda de plano de internet, de R$ 5 mil, como forma de gratificação aos enfermeiros e técnicos. Projeto de lei não cabe no caso, já que seria inconstitucional, por gerar despesa para o executivo.

Caixa
As categorias, sem dúvida, merecem bônus, aumento salarial e tudo mais, no entanto, as movimentações sinalizam, também, para questões políticas, as mesmas registradas nos últimos dias entre o deputado e Casagrande. Erick não falou no impacto financeiro da proposta, nem deixou de enviar seu recado para o governador: "tem caixa pra isso".

Faça o que falo...
O deputado estadual Sergio Majeski (PSB) não deixou passar uma publicação do ex-governador Paulo Hartung (sem partido) nas redes sociais sobre educação básica e a necessidade de "um grande Pacto pela Aprendizagem". "Não sei se rio ou se choro!", disparou Majeski, lembrando o "legado" de Hartung na área.

Faça o que falo II...
Resumo de Majeski: "fechou 42 escolas e mais de 5 mil turmas, acabou com o ensino médio regular noturno, tornou a Educação de Jovens e Adultos (EJA) semipresencial, deixou de investir bilhões na educação, desviando dinheiro dos 25% obrigatórios para fins previdenciários, o que resultou num aumento enorme de jovens em idade escolar (ou acima da idade) fora da escola. Mas 'continua preocupado' com a educação!".

Incluiu
Majeski finalizou repetindo as críticas também ao governador: "em tempo, Casagrande não fez praticamente nada para mudar essa situação".

Nas redes
"Estou ao lado dos prefeitos e lutando dia após dia para que quase 30 comarcas do Espírito Santo não sejam extintas. Conseguiremos adiar o julgamento sobre o tema para defendermos com todas as nossas forças a manutenção das comarcas. Uma vitória nesse sentido significa garantir cidadania à população dos municípios capixabas". Rose de Freitas, senadora pelo MDB.

FALE COM A COLUNA:

Veja mais notícias sobre Socioeconômicas.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sábado, 20 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/