Manato se movimenta para além do PL; Callegari “bate cabeça”; e Monjardim tenta “pegar o bonde”

Embora ainda distante das eleições de 2026, a movimentação de lideranças políticas para se colocar no jogo do Senado chama cada vez mais atenção. Os capítulos recentes estão inseridos no contexto do PL, partido do senador Magno Malta. O candidato dos bolsonaristas, lançado incontáveis vezes, era o deputado federal agora suspenso, Gilvan da Federal, mas a filha do “dono” da legenda, Maguinha Malta, entrou em cena como prioridade absoluta, e Gilvan logo recuou para a reeleição. Outros dois, porém, não fizeram o mesmo e ainda se colocam no páreo: o deputado estadual Wellington Callegari e o ex-deputado federal Carlos Manato. Callegari faz parte do grupo de Magno e tem insistido num projeto que nasce fracassado no PL, pela concorrência com Maguinha. Ele reivindica o direito de lançar seu nome, e realmente o tem, mas considerando que não tem a menor intenção de deixar a sigla e que o partido deverá apresentar apenas um nome, para garantir futuras alianças, sobra uma candidatura à Câmara Federal, inclusive comentada nos bastidores. Manato, por sua vez, faz articulação independente, até porque, é rompido com Magno, o que deve resultar na sua saída do PL no ano que vem. O ex-deputado tenta cavar um espaço no palanque do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e já começa a “colocar seu bloco na rua”. Na próxima quarta-feira (14), ele realiza um evento em seu condomínio em Pedra Azul, chamado “Encontro de Lideranças pelo ES”, que, tudo indica, virá em série, na estratégia de delimitar espaços. Outro nome que surgiu recente é do vereador de Vitória Leonardo Monjardim, pelo Novo. Dois pontos merecem destaque neste caso: no discurso feito em plenário, ele dá como avançada a aliança de seu partido com o PL, para um “projeto de renovação no Espírito Santo”, com alternativas das duas legendas ao Senado e à Câmara Federal. E um dos confetes lançados na ocasião, veja bem, veio de Pedro Trés, do PSB, do governador Renato Casagrande, principal projeto da Executiva capixaba em 2026. Então, “tá”!
Temas
O evento de Manato, que vai começar às 19h, foi publicado nas redes sociais para inscrições. Ele vai falar sobre “Congresso Forte, Brasil melhor”. Dois prefeitos estão na programação, João Paulo Nali (Republicanos), de Castelo, e Nirrô (PP), de Alegre, para palestras sobre seus “cases”. No primeiro, o convite diz assim: “como a cidade saiu do ostracismo para uma gestão bem avaliada”. No outro, “cidade digital e referência em política pública”.
Em todas
No PL, o projeto de Magno de ter a companhia da filha no Senado e, depois, com o fim do seu mandato, ela garantir “a defesa do seu legado”, estabeleceu como meta uma frenética agenda em conjunto, com bastante antecedência. Ela, que fará sua estreia em eleição, tem acompanhado Magno em tudo quanto é coisa, e já ensaia seus discursos do alto de trios elétricos, palcos e afins.
Novo-PL
No anúncio da candidatura de Monjardim no plenário da Câmara, puxado por Armandinho Fontoura (PL), o vereador do Novo disse que é um “soldado do partido”, “está super pronto” e “à disposição”. Ele também destacou que Magno tem se reunido “constantemente, diariamente” com lideranças nacionais do Novo, para uma “aliança importante”.
Outro lado
Monjardim foi exaltado, na sequência, por Aylton Dadalto (Republicanos), por “sua competência” para a candidatura, seguido de Pedro Trés, que afirmou “fazer coro”. O vereador citou que ele e Monjardim “estão em projetos políticos distintos”, mas que os dois se conhecem de antes, e seria “uma honra” para o Espírito Santo e Vitória ter Monjardim no Senado.
Lista
Manato, Callegari, Monjardim e Casagrande integram uma lista que só cresce no Estado, para apenas duas vagas. Na superfederação União Progressista, até segunda ordem integrante da base de Casagrande, tem os deputados do PP, Da Vitória e Evair de Melo. No mesmo lado, o senador Fabiano Contarato (PT) e, lá atrás, surgiu o prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos (PSB), intenção, aparentemente, já esfriada.
Lista II
No campo de Pazolini, tem ainda o ex-governador Paulo Hartung (a caminho do PSD) e o deputado estadual Sérgio Meneguelli (Republicanos). Evair, como se sabe, também entra nesse bloco, porque apesar do PP, é oposição a Casagrande, mas para isso, precisará mudar de partido.
Em aberto
O PL também já realizou inúmeras conversas com o Republicanos e entraria nesse projeto, mas veremos se as articulações se mantêm! A considerar as declarações de Monjardim, com Novo e PL ocupando as duas vagas ao Senado, onde caberia os interesses de Pazolini para a chapa? Lembrando: o Novo apoiou o prefeito, mas tem dito que não tem compromisso fechado para 2026.
Por último…
…o senador Marcos do Val (Podemos) também jura que tentará a reeleição, mas depois de um mandato turbulento e pífio, sei não…seria um tiro no próprio pé!
Largada oficial
Candidatíssimo à Presidência do PT capixaba, com amplo apoio, o deputado estadual João Coser vai realizar um ato oficial de inscrição de chapa nesta sexta-feira (9), às 15h, na sede do partido, no Centro de Vitória. Nome de batismo: “A estrela tem que brilhar”.
Bloco extenso
Coser conseguiu reunir uma frente ampla com os principais nomes da sua agora ex-oposição, o deputado federal Helder Salomão e a deputada estadual Iriny Lopes. O bloco reúne ainda o senador Fabiano Contarato. A jogada isolou a atual presidente e candidata à reeleição, deputada federal Jack Rocha, que teve apoio de Coser em 2021.
Nas redes
“A convite do amigo e prefeito Theodorico Ferraço [PP], visitei Cachoeiro de Itapemirim ao lado do governador Renato Casagrande, do vice-governador, Ricardo Ferraço [MDB] e dos deputados estaduais Bruno Resende [União] e Allan Ferreira [Podemos]”. Renzo Vasconcelos, prefeito de Colatina e presidente estadual do PSD, partido apontado como aliado de Pazolini em 2026.