Quinta, 25 Abril 2024

‘Tratatorada’

‘Tratatorada’


As negociações para a aliança fechada no palanque do ex-governador Renato Casagrande (PSB) com o PSDB, o PDT e o DEM, deixaram combinado assim: Casagrande pediria votos para o presidenciável Ciro Gomes (PDT-SP) e o senador Ricardo Ferraço para o candidato do seu partido, Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Mas uma negociação de última hora costurada pelas nacionais do PSB e do PT muda a posição dos socialistas no primeiro turno da disputa à Presidência da República, com efeitos em vários estados e, inclusive, retiradas de potenciais candidaturas, como em Pernambuco e Minas Gerais. O partido ficaria neutro, exatamente para isolar Ciro Gomes, considerado o principal adversário do PT no campo da esquerda, e para quem o deputado federal Sérgio Vidigal tem a missão de garantir território eleitoral. Não significa que a manutenção da aliança local também esteja descartada, mas cria uma situação interessante no Estado. Aliás, duas, já que Casagrande tem, pelo contrário, se afastado não só do PT como do PCdoB, legendas que se fortalecem com o acordo, já divulgado na imprensa nacional como certo, restando apenas o anúncio oficial na convenção do PSB de domingo (5). Depois de tanto namoro e praticamente no altar com os socialistas, a jogada é uma “tratorada” ao projeto prioritário do PDT, a essa altura, difícil de engolir. 


Mãos abanando

Há quem fale que o acordo envolve até 14 estados. No melhor dos cenários, sobraria para Ciro Gomes, apenas, a aliança com o PSB no Espírito Santo e no Distrito Federal. A conferir!


Mãos abanando II

Com a reunião que fechou a questão, na noite desta quarta-feira (1º), ainda não se sabe da reação do próprio Ciro e do PDT. Ele perde, assim, tempo de rádio e de TV, base de apoio de parlamentares, e recurso partidário.


Sem resumo

Chegada ao aeroporto de Vitória, evento no Álvares Cabral, discursos ao lado do senador Magno Malta (PR) e do deputado federal Carlos Manato (PSL). Todos esses “lances” da visita do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) estão aos montes em vídeos nas redes sociais. Mas o “diálogo com os empresários”, realizado pela Fecomércio, está difícil encontrar vestígios.


Com resumo

Para não dizer que não tem nada, nada...Manato resumiu assim: “Entre muitos assuntos, falou sobre o excesso de burocracia, as excessivas fiscalizações do Ibama [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis] e o Fundap [Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias].


Em casa

Antes de Bolsonaro, estiveram com os “grandes empresários” do Estado, Geraldo Alckmin e João Amoedo (Novo). Os próximos, já convidados, são Álvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e era Paulo Rabello de Castro (PSC) - ele retirou a candidatura para ser vice de Dias.


‘Merecimento’

Personagem de uma queda de braço que deu o que falar contra a então procuradora-geral de Justiça, Elda Spedo, Marcelo Barbosa de Castro Zenkner foi removido “por merecimento” do cargo de 26º promotor, passando para o 9º da Justiça Cível de Vitória, a partir do próximo dia 13. Portaria foi divulgada no Diário nessa terça-feira (31), assinada pelo atual chefe ministerial, Eder Pontes, ligado a Elda.


Desfez as malas

No ano passado, Elda frustrou os planos de Zenkner de atuar como representante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos. O embate teve vários capítulos, com repercussão local e nacional, e vitória de Elda, que continua lotada no topo da hierarquia do Ministério Público Estadual (MPES).


Arquivado

Por falar em MPES, o ex-secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto (PSDB), que deixou o cargo para se candidatar, mas acabou desistindo da carreira política, se livrou de um procedimento instaurado na Ouvidoria do órgão. A denúncia, ainda dos tempos de Seag, dizia que ele, como sócio da Dorper Itaúnas Ltda (cordeiro baby black), teria promovido ações no cargo para favorecer o setor com licitações direcionadas.


Arquivado II

O promotor Rafael Calhau Bastos acolheu as manifestações de Octaciano, que negou a existência de contrato do governo com a empresa citada como beneficiária, TUV Rheinland, bem como a obtenção de informações privilegiadas de servidor do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).  Bastos alegou falta de privas e “absoluta leviandade da denúncia”. O ex-secretário tem outras denúncias na conta.


PENSAMENTO:

“Não é permitido irritarmo-nos com a verdade”. Platão

Veja mais notícias sobre Socioeconômicas.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sexta, 26 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/