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Verde-amarelo palaciano

Ricardo Ferraço e o uniforme do momento rumo à campanha ao governo de 2026

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A festa de Ano Novo antecipado em Cariacica reforça o que citei aqui na coluna outro dia: o vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço (MDB), adota, cada vez mais, um uniforme de campanha simbólico para a campanha ao Palácio Anchieta em 2026. Trata-se da camisa da seleção brasileira, verde-amarela, uma delas com um incremento a mais, que é o grifado de seu sobrenome nas costas. Foi assim que ele circulou no evento desse sábado (27) ao lado do governador Renato Casagrande (PSB) e do prefeito Euclério Sampaio (MDB), aliados e cabos eleitorais; outro dia, também no município, para inauguração de programa social; e, pelo visto, é assim que aparecerá em muitas outras ocasiões. Essas camisas, obviamente, podem e devem ser usadas por todo cidadão, mas do ponto de vista político, não tem passado batido. É que elas se tornaram marcas dos bolsonaristas nos últimos anos, um nicho eleitoral atraente no Espírito Santo, como mostraram as urnas dos pleitos passados. Com origem no empresariado e antipetista, Ferraço flerta com essa mesma área de votos, mas é o nome da sucessão de Casagrande, constantemente apontado e criticado pelos bolsonaristas como de esquerda. Ao mesmo tempo, tem cumprido longa agenda ao lado de Euclério, que se declara evangélico, conservador e de direita, e já recebeu apoio de congregações em sua meta de se consolidar como o segundo nome do Senado na chapa. Em tempo: o PL passou a defender candidaturas majoritárias próprias no Estado, já que o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que representaria esse palanque, por ora deixou de ser prioridade: tem sido apontado como bolsonarista enrustido, condição muito aquém do que espera o bloco do senador Magno Malta.

Recados

Ferraço já tinha aparecido com essas blusas em feiras durante o ano, porém de forma mais pontual. Agora, como candidato oficial, tem chamado mais atenção. No início das articulações, ele aderiu a um uniforme preto, escrito: “Espírito Santo é o Brasil que dá certo”. No geral, sempre adota blusas com referências ao Estado, seja com bandeiras ou referências regionais, como as manifestações culturais.

Terreno

Na festa de Cariacica – quem entende esse Ano Novo antecipado, hein? -, o trio Ferraço, Casagrande e Euclério demarcou seu território mais uma vez, junto ainda com a vice-prefeita que pode assumir o município, Shymenne de Castro (MDB), e o deputado federal Messias Donato (Republicanos), que não se descola de Euclério.

Terreno II

O município é estratégico para os planos eleitorais do grupo de Casagrande, que investe muito dinheiro em obras, e aproveita o desempenho do prefeito em 2024, reeleito com 88,4% de votos. Euclério, inclusive, já tem tempo que leva Ferraço aos bairros, em eventos sequenciais. Uma relação de ganha-ganha, como se vê.

Chapa

Por falar em Pazolini, a secretária de Assistência Social de sua gestão e ex-deputada federal Soraya Manato (PP), se filia ao Republicanos na noite desta segunda-feira (29). Ela tentará retornar à cadeira na Câmara em 2026, numa chapa que já conta com Coronel Ramalho, ex-PL e secretário municipal de Meio Ambiente, e Erick Musso, ex-presidente da Assembleia Legislativa.

Chapa II

O Republicanos, hoje, tem duas cadeiras na Câmara, de Amaro Neto e Messias Donato. Amaro é cotado para a reeleição. Já Messias deve trocar de partido seguir os passos de Euclério, o que significa ocupar espaço no campo oposto.

Obstáculos

A filiação de Soraya será na Câmara de Vitória e marcará, ainda, sua posse como secretária estadual das Mulheres Republicanas. O marido dela, Carlos Manato, ex-deputado federal, também é esperado no partido. Ele tem o projeto de se candidatar ao Senado, mas o campo segue fechado.

Saída

A última sessão do ano da Câmara de Vitória, nesta segunda, foi marcada por discurso de despedida e choro do vereador Raniery Ferreira (PT). Ele assumiu como suplente da vereadora Karla Coser (PT), que saiu de licença-maternidade, e o mandato termina no dia 1º de janeiro. Nesta terça-feira (30), a Câmara abre apenas para prestação de contas de Pazolini.

Abrigo

O presidente da Casa, Anderson Goggi (Republicanos), em meio aos discursos sobre Raniery em plenário, ofereceu a ele compor o quadro de servidores do legislativo. “Escolhe a posição que você quer jogar!”, convidou.

Retorno

O vereador suplente, na verdade, ainda pode voltar para a Câmara. Karla é uma das apostas do PT para a disputa à Assembleia Legislativa no próximo ano, e vem de uma vitória considerável nas urnas como campeã de votos em 2024. Se entrar, sobe o degrau e a cadeira vaga novamente, até a eleição de 2028.

Nas redes

“Recebendo o amigo e nosso prefeito da Capital, Luciano Rezende”. Da Vitória, deputado federal pelo PP e futuro presidente da superfederação UP, ressurgindo com Luciano, reeleito recentemente para o comando do esvaziado Cidadania.

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