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Amacentro lança fórum para debater políticas de moradia

Primeira reunião vai tratar de moradia com dignidade no Morro da Capixaba

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A Associação de Moradores do Centro (Amacentro) lança, nesta quinta-feira (29), o Fórum Permanente sobre Moradia: Habitar com Plenitude, no auditório do Sindicato dos Bancários (Sindibancários), no mesmo bairro, em Vitória, às 19h. O lançamento será marcado pelo debate “Morro da Capixaba: caminhos para uma Moradia com Plenitude – construída em conjunto com seus moradores para debater os desafios e potencialidades dessa região”.

O fórum, segundo o presidente da Amacentro, Walace Bonicenha, vai se reunir toda última quinta-feira do mês para discutir e propor ações “sobre moradia no espaço urbano, acessibilidade e direito à paisagem”. “Isso é mais do que necessário. Temos problemas de moradia significativos, como imóveis vazios e IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano] progressivo, que é aquele que vai aumentando porque o imóvel não cumpre sua função social”, diz.

A escolha da temática sobre o Morro da Capixaba, explica Walace, é porque é preciso pensar “como subir e descer” com dignidade. “Já passou da hora de conversar sobre os acessos que não sejam só sobre escadas e corrimões. Não pode ter criança cadeirante que não consegue descer, não pode ter pessoas doente descendo em lençol. É preciso pensar em modais que atendam as comunidades no alto do morro. Ter casa com direito de circular, acesso ao lazer, cultura”, defende.

No que diz respeito aos imóveis vazios, Walace aponta como exemplo o antigo Hotel Sagres, ao lado dos Correios, e o no qual funcionava o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), em frente à Praça Costa Pereira. Este último, inclusive, será tema da segunda reunião do fórum. Walace também destaca a necessidade de discutir sobre a ocupação Chico Prego, que desde 2023 abriga famílias no prédio da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) São Vicente.

Pessoas em situação de rua

A Amacentro, em abril, criou também o Fórum Permanente de Pessoas em Situação de Rua, espaço para garantir escuta, análise e proposição sobre as questões que envolvem essa população. As reuniões têm sido feitas em locais abertos para garantir a participação desse público.

Além da formulação de políticas, o Fórum busca “fomentar o diálogo com a sociedade, contribuindo para a desconstrução de preconceitos e para a valorização dessas pessoas, muitas vezes invisibilizadas e marginalizadas”, ressalta Walace. Ele destaca que alguns debates sobre políticas para pessoas em situação de rua têm sido feitos, como audiências públicas, mas o fórum é uma medida permanente e duradoura.

Uma das ações, iniciada após reunião realizada no dia 13 de maio, foi criar um grupo de mobilização pela reabertura do Restaurante Popular de Vitória, que vai buscar diálogo com a gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) para cobrar informações como a previsão de reinauguração, de que forma será o atendimento para a população em situação de rua, e o que de fato falta para que o equipamento volte a funcionar.

O grupo também vai acompanhar a implementação das cozinhas solidárias a serem criadas pelo Governo do Estado por meio da Secretaria Estadual de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades). Por meio das cozinhas solidárias, serão oferecidas refeições gratuitas para pessoas em situação de vulnerabilidade social. De acordo com Walace, a previsão inicial é a criação de três cozinhas, sendo duas no Centro de Vitória.

Durante a reunião, também foram criados grupos para elaborar projetos para apresentação de propostas ao poder público, como os de lavanderia comunitária, banheiros públicos, espaços para banho e pontos para hidratação.

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