Moradores da Mata da Praia temem que se repitam problemas causados na Arena de Verão
A Associação dos Moradores da Mata da Praia (AMMP) encaminhou ofício para o secretário de Cultura de Vitória, Edu Henning, solicitando que a estrutura do evento de comemoração dos 474 anos da Capital seja instalada fora dos limites do bairro. A proposta é que a instalação seja na área da Praia de Camburi, na Avenida Dante Michelini, em frente ao Aeroporto de Vitória.
No documento, consta que a gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) informou à associação, por meio de ofício, que o evento de aniversário de Vitória será nos dias 6,7 e 8 de setembro, com previsão de cerca de 30 mil pessoas. Diz, ainda, que o pré-carnaval na Arena de Verão, ocorrido em 1º de fevereiro deste ano, tinha previsão de cerca de 5 mil pessoas, conforme ofício encaminhado à entidade na ocasião.
Contudo, aponta, notícias contidas no site da Prefeitura de Vitória informam que o público que compareceu foi de 75 mil pessoas, o que faz a entidade duvidar de que a comemoração do aniversário da Capital de fato atrairá somente 30 mil.
Para a associação, “mais uma vez, a Mata da Praia sofrerá com os mesmos problemas e danos causados pelo pré-carnaval, caso a estrutura do evento seja montada no mesmo local da Arena Verão, na altura do Quiosque K-5”.
A presidente do Conselho Diretor da entidade, Silvia Gomes de Morais, relata que, na ocasião do pré-carnaval na Arena de Verão, houve muitos transtornos. “Não tinha como chegar em casa nem sair. As pessoas paravam carro na frente da garagem, o guincho não conseguia chegar por causa do trânsito. Uma pessoa que estava no evento passou mal, a ambulância tentou passar pela Mata da Praia e ficou presa no trânsito”, recorda.
Silvia acredita que, além da mudança de local, é preciso, ainda, outras estratégias, como a de aumento de transporte público. Ela destaca que a Avenida Adalberto Simão Nader, nas proximidades do local sugerido pela associação para o evento, “é maior, mais larga”, enquanto a Mata da Praia tem “ruas estreitas, sem saída, com uma pracinha no final”.
A líder comunitária afirma que a associação não é contra a realização de festas. “Esses eventos atraem pessoas, criam empregos, promovem circulação de dinheiro no comércio, mas têm que ser muito bem pensados, pois moramos numa cidade muito pequenininha. É preciso entender que o morador só quer chegar em casa e descansar, ficar com sua família com tranquilidade”, diz.
Silvia acredita que com a mobilização que está sendo feita, caso a prefeitura queira fazer novamente o pré-carnaval na Arena de Verão, “pode se sensibilizar e fazer em outro local”. Mas, sentencia, caso a gestão municipal decida não mudar de local, a comunidade vai se mobilizar.
