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Chuvas destroem Centro de São José do Calçado e deixam Bom Jesus em alerta

Rios Calçado, em São José, e Rio Itabapoana, em Bom Jesus do Norte, registram cheias nesta quarta-feira

Cerca de uma hora de chuva na noite dessa terça-feira (28) foi o suficiente para que o nível do Rio Calçado, em São José do Calçado, sul do Espírito Santo, subisse cerca de dois metros e deixasse 90% do Centro da cidade destruído. A cheia atingiu o Rio Itabapoana, em Bom Jesus do Norte, na mesma região, que teve seu nível elevado em três metros, atingindo duas ruas no bairro Silvana e uma no Centro, perto da rodoviária.

O coordenador da Defesa Civil de São José do Calçado, Anderson Marques da Silva, informa que, no Centro, cerca de 300 famílias estão desalojadas. Esse número pode aumentar, uma vez que a assistência social da prefeitura ainda não terminou o trabalho de catalogação das pessoas atingidas. Os moradores perderam bens materiais nas casas alagadas pela chuva e se abrigaram em casas de parentes.

Ainda não há registros de imóveis destruídos, segundo Anderson. O Centro ficou muito danificado, com ruas enlameadas e calçamento destruído. A gestão do prefeito Antônio Coimbra de Almeida (PSB), afirma o coordenador da Defesa Civil, está fazendo a limpeza do local e irá analisar as medidas a serem adotadas em prol das famílias prejudicadas, além de já ter acionado o governo do Estado, que se comprometeu a disponibilizar itens como kits de limpeza e de higiene e colchões.
A Prefeitura de Bom Jesus do Norte comunicou, nesta quarta-feira (29), que a cidade se encontra em alerta vermelho devido à cheia do rio Itabapoana, que atingiu a cota de transbordo. Duas ruas no bairro Silvana foram atingidas e também uma no Centro, próximo à rodoviária. A Defesa Civil monitora o rio.

O secretário da Defesa Civil e secretário de Planejamento, Habitação, Trabalho, Desenvolvimento Urbano, Rural e Social, Carlos José Ribeiro Vieira, o Cazé, informa que em uma das ruas atingidas no bairro Silvana seis pessoas de uma família ficaram desalojadas momentaneamente, pois a água atingiu o quintal da casa delas, não adentrando a residência, portanto, sem perda de bens materiais. Essas pessoas mudaram temporariamente para a casa de parentes.
Ele afirma que a enxurrada de água em São José do Calçado foi “extremamente forte”, “uma chuva de alagar”, mas que não durou muito tempo. Isso fez com que a água do rio se elevasse em cerca de três metros.
“A tendência do rio agora é começar a esvaziar, mas estamos com previsão de chuva, então continuamos em alerta vermelho. Devido ao leito do rio estar totalmente cheio, podemos enfrentar alguns outros problemas. A Defesa Civil está disposta a colaborar a todo instante com a população”, afirmou o gestor em vídeo publicado nas redes sociais.
Bahia
As enchentes nas duas cidades capixabas ocorreram em um contexto de fortes chuvas e tragédias na Bahia, onde chove desde a última quinta-feira (23). Vinte e uma pessoas morreram e cerca de 77 mil estão desabrigadas ou desalojadas. Estima-se que mais 470 mil foram afetadas nos cerca de 70 municípios atingidos por deslizamentos, enchentes, transbordamento de rios e rompimento de barragens.
O Espírito Santo encaminhou, juntamente com estados como Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Norte, Maranhão, Paraíba e Sergipe, agentes para atuar em uma força-tarefa. “Fiz contato com o governador da Bahia, Rui Costa, e coloquei o Espírito Santo à disposição para colaborar com o estado vizinho devido às fortes chuvas. Apoiaremos com viaturas, embarcações e efetivo especializado do Corpo de Bombeiros/Defesa Civil”, disse o governador Renato Casagrande (PSB) em suas redes sociais.

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