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Guarda-vidas ameaçam fazer paralisação em Conceição da Barra

Trabalhadores denunciam que estão há mais de um mês em serviço sem equipamentos de proteção e salvamento

Desde 26 de dezembro de 2022 em atividade, os guarda-vidas contratados para a temporada de verão em Conceição da Barra, no norte do Estado, estão ameaçando realizar uma paralisação nos próximos dias. Entre as principais queixas apresentadas estão a falta de equipamentos de proteção e salvamento, necessárias para executar de forma adequada os salvamentos, tanto para os cidadãos que necessitem resgate como para a segurança dos profissionais.

“Se alguém passar mal na beira da praia não tem ambulância, não tem aparelho respiratório, life belt [flutuador], nadadeira, pocket-mask [máscara de salvamento, para respiração boca a boca]. Nem mesmo boné e uniforme foram fornecidos”, disse um dos guarda-vidas, que está usando uma camisa que possuía de anos anteriores com shorts próprios. Outros estariam trabalhando sem uniforme, afirma o homem que preferiu não ser identificado. Ainda sobre as condições de trabalho, um dos profissionais informou que a guarita onde trabalha está em situação precária e ameaça desabar.

Outro reclamo é sobre o número de profissionais atuantes. Em Itaúnas, por exemplo, onde antes atuavam doze profissionais, há no momento sete em atividade, o que sobrecarrega os demais, que atuam por escalas de dias alternados. Os guarda-vidas estão atuando no município até o final de fevereiro, já que as contratações são apenas pela temporada alta, na época do verão, em que há maior fluxo de moradores e turistas nas praias do município. Segundo o entrevistado, a maioria dos profissionais tem experiência de trabalho anterior na área, receberam curso de formação com os Bombeiros e conhecem bem os mares da região, já que são nativos do município e alguns deles surfistas.

Sobre a prefeitura, há queixas ainda em relação à alimentação fornecida, que vem sendo considerada inadequada para o tipo de trabalho realizado pelos profissionais de salvamento. Além disso, os trabalhadores estão reclamando de que os pagamentos estão abaixo do valor que consideram devido por lei, já que a profissão tem direito a benefícios adicionais por conta do risco do trabalho.

“Estamos esperando respostas de hoje para amanhã. Se tudo continuar como está, faremos nossa paralização”, disse um trabalhador, que afirmou que as tentativas de diálogo não estão sendo atendidas pelos responsáveis no poder público.

A reportagem do Século Diário tentou contato telefônico com as secretarias de Turismo e de Esporte e Lazer de Conceição da Barra, e com o profissional da área de Segurança e Defesa Civil que é responsável pelo contato institucional da prefeitura com os guarda-vidas, mas não conseguiu resposta de nenhum deles até o fechamento da reportagem.

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