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‘Não é por 20’ faz protesto nesta quarta-feira em Vitória

Apesar do clima tenso que vem sendo criado a partir das declarações do comandante da Policia Militar, coronel Edmilson dos Santos – que promete reprimir qualquer tentativa de obstrução integral das vias da Capital – , os manifestantes garantem que a o ato desta quarta-feira (11) tem apenas um objetivo: chegar ao prédio da Rede Gazeta, em Bento Ferreira, Vitória.
 
Para chegar ao destino programado, o movimento pede aos manifestantes que ocupem apenas uma das pista das avenidas para evitar a ação violenta da polícia. No protesto do último sábado (7), Dia da Independência, a ação truculenta da polícia impediu a marcha 700 metros após os manifestantes deixarem a Ufes. Com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, os policiais acabaram inibindo a marcha. O comendante da PM alegou que os manifestantes romperam o acordo e ocuparam as duas pistas da Reta da Penha. 
 
De acordo com o movimento, essa é a grande preocupação do oitavo ato do “Não é por 20 centavos, é por Direitos ES”. Os organizadores do movimento admitem que não é possível controlar todas as pessoas que vão para as ruas, mas eles reforçam que a orientação é garantir a chegada à Rede Gazeta e realizar uma sátira em relação ao 11 de setembro de 2011 – data dos ataques de aviões às Torres Gêmeas de Nova York e aniversário de 85 anos do jornal A Gazeta.
 
Os manifestantes prometem fazer aviões de papel e lançar contra o prédio do grupo. O ato é uma crítica às Organizações Globo, já que a Gazeta e afiliada do grupo carioca no Estado.
 
Os organizadores do protesto não escondem a preocupação em completar o ato. “As assembleias contam com um número menor de pessoas do que vemos nas ruas. A conversa é muito boa, mas chega na hora o ato tem muito mais gente. Diante disso, já estamos orientando e enfatizando nossos objetivos. Na hora, ainda faremos um jogral para ressaltar a nossa necessidade de chegar até o ponto principal do ato para quem não participou dos debates”, explicou Nunah Alle, uma das integrantes do movimento. 
 
 
Com relação ao ato em si – lançamento dos aviões de papel -, a ativista explicou que os manifestantes, por meio de uma encenação, irão “devolver todo o lixo que eles [A Gazeta] produzem e mandam pra gente todos os dias. Eles aterrorizam a gente com esse material super tendencioso”, criticou.
 
Máscaras
 
Nunah Alle também comentou sobre a polêmica em torno do uso de máscaras nas manifestações. Segundo ela, a posição do movimento é clara: “Não há qualquer oposição ao uso de máscaras”. De acordo com a Comissão de Comunicação do movimento, cada manifestante tem o direito de cobrir ou não o rosto e, no Espírito Santo, até o momento, não há qualquer impedimento da Justiça proibindo o uso de máscaras, portanto, sustenta a ativista, qualquer punição da polícia devido ao uso de máscaras, não se justifica.
 
“Nosso objetivo é chegar na Gazeta e não entrar em conflito com a polícia, mas até onde sabemos não há proibição sobre as máscaras. Ainda assim, já houve abordagens neste sentido e provavelmente vamos satirizar isso também”, divulgou a integrante do movimento. 
 
 
De acordo com o que foi publicado na página do movimento, “muito antes dos atentados às Torres Gêmeas, antes do golpe de Estado no Chile e assassinato do presidente Allende [Salvador Allende governou o Chile de 1970 a 1973, quando foi deposto por um golpe de estado liderado por seu chefe das Forças Armadas, Augusto Pinochet] o Estado sofria uma violência contra a verdade com a criação da Rede Gazeta, afiliada da Rede Globo. Desde então todos os dias a população capixaba sofre com o fomento de todo tipo de preconceitos, exploração midiática da violência e manipulação das informações e dos cidadãos pela Rede Gazeta”. 
 
 
Os manifestantes irão se concentrar em frente a sede do Diário Oficial, em Vitória, às 17h, e estão convocando a população a levar exemplares do jornal para a “fabricação” de aviões. 

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