Rodoviários prometem novas paralisações em Guarapari
Os rodoviários da Viação Lorenzutti, que presta serviço em Guarapari, não descartam a possibilidade de uma nova paralisação, nos moldes da que aconteceu nesta quinta-feira (11), caso os salários voltem a atrasar. Os trabalhadores retornaram às atividades após o compromisso assumido pela empresa de colocar em dia o pagamento referente ao adiantamento do mês de março e a uma parcela de um acordo feito em 2020, como explica o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari (Sintrovig), Wanderley Gonçalves de Oliveira, o Sabugo.
A paralisação desta quinta-feira começou às 4h e foi encerrada às 8h. Sabugo relata que o salário deveria ter sido pago nessa quarta-feira (10), junto com a segunda parcela de um acordo feito em agosto passado, quando, ao terem atrasado o salário dos trabalhadores em um mês, a empresa combinou que pagaria o valor em seis vezes, começando em fevereiro deste ano. Entretanto, a Lorenzutti, afirma o presidente do Sintrovig, pagou somente 50% de ambos sem comunicar aos rodoviários que não pagaria o valor total.Sabugo afirma que, para os trabalhadores retornarem às atividades, a empresa se comprometeu a pagar os outros 50% do salário até esta sexta-feira (12), e o restante do acordo até a próxima segunda-feira (15). "Os trabalhadores deram um voto de confiança e voltaram ao trabalho, mas dizem que não irão mais tolerar atraso, que não vai mais ter voto de confiança", ressalta o presidente do sindicato.
Sabugo destaca que a manifestação foi uma iniciativa dos trabalhadores, não sendo liderada pelo sindicato, que apenas intermediou as negociações entre a empresa e os rodoviários. Porém, não está descartada a possibilidade de, se houver novos atrasos, a entidade mobilizar os trabalhadores, convocar assembleia e deflagrar greve de fato.
De acordo com o sindicalista, a empresa argumenta que os atrasos são consequência da crise financeira gerada pela pandemia da Covid-19, que reduziu o número de passageiros no transporte público.
De acordo com o sindicalista, a empresa argumenta que os atrasos são consequência da crise financeira gerada pela pandemia da Covid-19, que reduziu o número de passageiros no transporte público.
Além de Guarapari, a entidade representa rodoviários dos municípios de Anchieta, no sul; Alfredo Chaves, Domingos Martins, Marechal Floriano, Venda Nova do Imigrante, Castelo e Conceição do Castelo, na região serrana; e Ibatiba, Iúna e Irupi, na região do Caparaó.
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