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Tráfego de veículos pesados tira a paz de moradores em Vila Velha

Há muito tempo os moradores dos bairros Paul, Vila Batista e Argolas, em Vila Velha, não sabem o que é um bom descanso ou um sono tranqüilo. O motivo está na Avenida Jerônimo Monteiro: de segunda a segunda, ao dia, à tarde ou à noite, veículos pesados cortam a via, às vezes em alta velocidade. O tráfego, ali, diz Paulo Cesar Froes, presidente do movimento Comunitário de Paul, é proibido por lei.
 
Pouco mais de um mês atrás, um funcionário da Valadão Tintas, em Paul, chegou ao estabelecimento e se deparou com quatro latas de tinta no chão, que caíram da prateleira em função forte impacto do tráfego na avenida em frente. O prejuízo foi pequeno, mas dá uma dimensão da tortura em que se transformou o barulho para os moradores; o problema foi recente, mas o sofrimento é antigo, tão quanto a inércia do poder público. 
 
A situação se agravou em novembro passado depois que uma placa na entrada de São Torquato alertando para a proibição do tráfego de caminhões pesados sumiu do lugar. Paulo Cesar contatou a Prefeitura de Vila Velha em busca de informações. A prefeitura alegou ação de vandalismo. 
 

Segundo o líder comunitário, o problema já foi denunciado à prefeitura, que ainda não apresentou medidas. O poder municipal até acenou com a recolocação da placa, mas por ora só o mastro foi instalado. “Os guardas municipais dizem que não podem multar porque não há placa e à noite não há fiscalização”, diz Paulo César. 

 
Paulo Cesar explica que os caminhões, robustos e extensos, de transporte de rocha, contêiner ou madeira, utilizam a Jerônimo Monteiro com destino ao Porto de Capuaba. Ele diz que os veículos poderiam muito bem se valer da Rodovia Carlos Lindemberg. “Gastariam poucos minutos a mais. Mas eles preferem usar a Jerônimo Monteiro”, explica.
 
Paulo César também diz que a comunidade já procurou o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado do Espírito Santo (Sindirochas-ES). A entidade respondeu que, quando os veículos são de empresas sindicalizadas, é possível contornar a questão. O problema é quando o serviço é feito por empresa autônoma.
 
A comunidade vai decidir o que fazer após a Copa do Mundo. Paulo Cesar adianta que há as hipóteses de entrar na Justiça ou tentar uma reunião com a guarda de trânsito da Polícia Militar. Fechamento de via não está descartado.

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