Quinta, 18 Abril 2024

2º turno incendeia eleição insossa

 

Para quase 800 mil eleitores capixabas as eleições não acabaram no último domingo (7). Ao contrário, o segundo turno tem tudo para incendiar o eleitorado que manteve certa distância do processo no primeiro turno. 
 
Agora são outros quinhentos. Como torcidas de futebol, os eleitores agora devem torcer por um dos dois candidatos. Para dar um tempero a mais à disputa, que foi insossa neste primeiro turno, não há cenário definido em nenhum dos três municípios da Grande Vitória em que teremos segundo turno. 
 
Não dá para falar que quem saiu na frente já está com a fatura liquidada. Nem pensar. Mesmo quem teve boa vantagem, como Juninho (PPS), em Cariacica, que pôs quase 40 mil votos sobre Marcelo Santo (PMDB), sabe que o segundo turno é uma nova eleição. 
 
O mesmo vale para Luciano Rezende (PPS), que saiu na frente de Luiz Paulo (PSDB) na disputa pela prefeitura de Vitória. O candidato do PPS também sabe que a vantagem de pouco mais de 4,5 mil votos não quer dizer nada no segundo turno. Vai precisar remar tudo de novo. 
 
Da mesma maneira deve pensar Rodney Miranda, que pretende se eleger prefeito de Vila Velha. O candidato do DEM sabe que os cinco mil votos que abriu de vantagem sobre Neucimar Fraga (PR) não lhe asseguram a vitória no próximo dia 28.
 
As disputas se tornam mais emocionantes porque quem está no páreo não quer perder. E esse clima de decisão acaba contagiando os eleitores, que agora devem acompanhar mais de perto os programas eleitorais para entender melhor as propostas dos candidatos. 
 
Os debates também devem ficar mais “inflamados”, pois agora os candidatos vão se enfrentar olho no olho. É nesta hora que o eleitor percebe quem está mais preparado para disputa, quem tem mais desenvoltura e as propostas mais consistentes. 
 
Pesa também, e muito, a mão dos marqueteiros de plantão que estão por trás do candidato. As estratégias adotadas pelas equipes de cada um dos candidatos precisam ser certeiras. As três semanas que separam o primeiro do segundo turno não admitem erros, mesmo porque não haverá tempo para corrigi-los. 
 
Por isso se percebe tanta cautela no ar. É possível notar que cada palavra dita pelos candidatos nesta fase da disputa é premedita. Ninguém sai falando o que vem na telha, pois, às vezes, um detalhe pode liquidar uma eleição. 
 
Somados, todos esses ingredientes acabam envolvendo o eleitor na disputa, o que não deixa de ser benéfico para o exercício da democracia. Como se diz antes das grandes competições, quem vença o melhor!

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