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A culpa é de quem?

Um tema deixado de fora do processo eleitoral e que, aliás, sempre é deixado de lado é o meio ambiente. Tratado como um assunto menor, longe do eleitor, que faz perder votos, o assunto é sempre evitado ou tratado com chavões. Fala-se de mobilidade urbana, geração de empregos, atendimento na saúde, educação, segurança. Mas quando o assunto é o meio ambiente, tudo é tratado como se fosse coisa de “bicho grilo”. 
 
E toda vez que céu fecha e a água atinge a Grande Vitória e cidades do interior, o discurso também é o mesmo. A população joga lixo no local errado, choveu mais do que o esperado, foi uma situação atípica. O problema é que é sempre uma situação atípica. 
 
O governador eleito Paulo Hartung (PMDB) disse durante sua campanha, e reforça o tempo todo, que seu objetivo é atrair mais investimentos, o que significa trazer para o Estado empreendimentos industriais, que buscam no Brasil a flexibilidade das leis, que não encontram em outras regiões do mundo. E por que será?
 
Geram uma quantidade mínima de empregos, não geram impostos como se propala, mudam o cotidiano dos lugares em que se instalam, poluem, destroem a natureza e tudo isso para quê? Acabam trazendo mais problemas do que oportunidades. 
 
As chuvas têm sido ano a ano mais e mais agressivas, deixam casa vez mais desabrigadas, cada vez mais pessoas levam para os rios mais e mais sedimentos e nada é feito. É mais fácil falar das toneladas de lixo recolhidas no canal, que é verdade, afinal, não é o prefeito que joga a geladeira, o pneu ou o sofá no valão. Mas são os governantes que canalizam os rios, que interrompem ou modificam seu curso.
 
É verdade que não é o prefeito ou governador que joga gordura no ralo da pia. Mas são eles que asfaltam as ruas sem fazer antes o saneamento básico, que colocam o asfalto em ruas que deveriam ter apenas paralelepípedo, porque não têm condições de discutir isso com a população, explicar por que é pior. 
 
A lição de dezembro de 2013 não foi apreendida. Enquanto autoridades mostram suas obras aqui e ali, as ruas continuam enchendo, as casas continuam caindo e a população continua ao Deus dará.
 
Fragmentos:
 
1 – O senador Walter Pinheiro (PT-BA) apresentou proposta de emenda à Constituição com uma série de mudanças político-eleitorais: o fim da reeleição para cargos do Poder Executivo, vai contribuir para o desgaste natural dos segundos mandatos, quase sempre ruins.

 

2 – O deputado federal eleito, Givaldo Vieira (PT) disse que a derrubada do decreto dos conselhos populares pela Câmara é ressentimento eleitoral e que isso vai passar, mas até quando a população vai ser prejudicada pela birra política?

3 – O dia das bruxas é nesta sexta-feira (31), mas pelo jeito elas estavam soltas nessa quinta. 

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