Os partidos e as lideranças estão se movimentando intensamente para a disputa de 2014, buscando acomodação no Estado e de olho nas movimentações das nacionais. No Estado, por enquanto, o palanque único de Renato Casagrande tenta se viabilizar, mas até o início do processo eleitoral muita coisa pode acontecer.
Uma dessas coisas é a possibilidade de Renato Casagrande ter de enfrentar outro ou outros palanques na disputa pela reeleição ao governo. E um desses palanques pode vir de onde ele menos espera. O governador tem feito um movimento de proteção ao seu antecessor para garantir que ele seja o candidato a senador em seu grupo, mas apesar de todo o esforço, ele pode ter de enfrentar Paulo Hartung na disputa ao governo.
Alguns peemedebistas já se assanham com a possibilidade de ter o ex-governador na disputa ao governo. E a justificativa para isso pode vir do próprio PSB, de Casagrande. Se o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional da sigla, decidir de fato lançar candidatura presidencial, poderá causar um racha no tripé que sustenta o governo de Casagrande.
A candidatura de Campos vai reforçar a aliança entre PT e PMDB, as outras duas pernas do palanque de Casagrande. Como o PT não teria condições de disputar o governo do Estado, o PMDB tem um nome forte para a vaga: o do ex-governador.
O ex-prefeito de Vitória, João Coser (PT), andou dizendo a alguns interlocutores que se não conseguir a vaga para disputar o Senado, tem disposição para disputar o governo, mas se Hartung for o candidato, ele tende a recuar. Se Hartung for candidato ao governo, será um incentivo a mais para que o senador Magno Malta (PR) também lance candidatura ao governo e aí o cenário pode ficar pulverizado, prejudicando ainda mais o projeto de reeleição.
De nada vai adiantar os movimentos do governador para blindar seu antecessor se isso acontecer. Lançada a candidatura de Hartung, estará desfeito o sistema de unanimidade em torno do palanque do socialista.
Fragmentos:
1 – O que parecia ser um ponto favorável para o Espírito Santo, a nova partilha do Fundo de Participação dos Estados (FPE) está começando a se complicar pela falta de entendimento no Senado para votar a matéria.
2 – O senador Ricardo Ferraço (PMDB) apareceu no Fantástico desse domingo (31) em reunião na Bolívia, por conta dos corintianos presos depois da morte de um adolescente de 14 anos, atingido por um sinalizador marítimo, supostamente disparado pela torcida corintiana, em um jogo da Copa Libertadores da América
3 – Ferraço voltou a destacar o fato de que os detidos correm risco de morrer por conta da superlotação dos presídios. É uma pena que nunca se viu tal indignação tão por parte do peemedebista em relação à superlotação das “masmorras capixabas”, que marcaram o governo do qual ele fez parte.