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Adotando ‘bicos’

O dinheiro está cada vez mais curto do que o mês? Isso é reflexo da queda no poder de compra dos salários com a alta da inflação, e com isso, há menos dinheiro no bolso do consumidor, que não está conseguindo honrar as suas contas apenas com o salário mensal, incluindo cada vez mais em sua prática a adoção de “bicos” para manter o seu padrão de vida.
 
A classe C, que representa mais de 58% da população brasileira, é a que mais tem adotado os bicos. Uma pesquisa nacional recente, realizada pelo Data Popular, aponta que 42% da classe C está fazendo algum tipo de bico para conseguir uma renda extra. Mas não é exclusividade da classe C, e nem deve ser.
 
O popularmente denominado “bico” corresponde na verdade a abertura de novas fontes de renda extra, através da adoção de atividades que, até então, poderiam lhes ser apenas prazerosas, ou seja, corresponder a atividades de diversão, lazer ou terapêuticas e sobre as quais possua habilidade e boa desenvoltura, podendo fazer a partir delas uma fonte para o complemento na renda.
 
Existem também outras motivações diretas para a adoção dessa prática, além de pagar as contas do mês, tais como: o desejo de sair das dívidas, de formar reserva, de poder antecipar a realização de sonhos e, indiretamente, pode também servir como uma preparação para o projeto pós-carreira, abrindo uma nova ocupação, estando ainda na “ativa”; ou seja, uma segunda carreira, para seguir após a aposentadoria, já adquirindo qualificação, experiência, e ainda garantindo a complementação da renda familiar e, futuramente, a manutenção do padrão de vida na fase da aposentadoria.
 
Mas como em todo negócio, deve haver um estudo prévio do mercado e um planejamento, avaliando se haverá a necessidade de investimento, de capacitação ou aperfeiçoamento profissional específico, além de definir qual o tempo que terá disponível para realizá-lo, evitando conflitar com o seu horário do emprego formal.
 
Essa fase prévia de prospecção de mercado e de planejamento é importante para evitar que sejam feitos investimentos sem a devida avaliação dos riscos.
 
São inúmeras as opções e exemplos de bicos praticados: aulas particulares de idioma, de música, de informática, de artes, de esportes, práticas de culinária, de beleza, dentre muitas outras.
 
Aos que estão interessados no assunto, mas não fazem ideia do que podem adotar como fonte de renda extra, existem opções disponíveis na internet para consulta e pesquisa, inclusive, com boas dicas, o que reforça o crescimento dessa prática.
 
O ideal é poder fazer do seu hobby uma nova fonte de renda, atuando com habilidade, responsabilidade, dedicação e qualidade, assim os clientes indicarão outros e não faltará trabalho, o dinheiro extra chegará e, de quebra, terá uma fonte de combate ao estresse, melhorando a qualidade de vida.
 
O que hoje é um bico pode servir no futuro como uma boa oportunidade de negócio.
 


Ivana Medeiros Zon, Assistente Social, especialista em Saúde da Família e em Saúde Pública,Educadora Financeira, membro da ABEF – Associação Brasileira de Educação Financeira, palestrante, consultora, colunista do Portal EduFin www.edufin.com.br

https://sites.google.com/site/saudefinanceiraivanamzon/

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