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Ainda não esquentou

Se as chuvas não diminuírem o capital que o governador Renato Casagrande reservou para empregar nas eleições de 2014, ele vai continuar se mantendo sob os holofotes da ribalta. Pelo menos, até que o jogo esquente. Ainda mais se os pretendentes ao governo forem os já conhecidos do mercado. Não quero dizer com isso que o jogo está ganho. Seria temeridade. É ainda meramente um dado de momento e de quem está lidando só com os nomes do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), do senador Magno Malta (PR) e do Guerino Balestrassi (PSDB). Hartung varia muito, serve para jogar tanto na disputa ao governo como ao Senado, mas precisa limpar seu nome. Magno anda escondido, porém, na intimidade, continua dizendo que não tem como escapulir da candidatura. Já Balestrassi, que anda por aí dizendo ser o candidato do novo, nutre a esperança de ser reconhecido como aquele que tem ligação com a ex-senadora Marina Silva, idealizadora da Rede Sustentabilidade. Este é o quadro, que tem por cima ainda uma eleição presidencial, em certas circunstâncias, capaz de alterá-lo. Caso haja, por exemplo, a substituição do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, por Marina ou a fusão do Eduardo com o senador Aécio Neves (PSDB). Tem também as mexidas do ex-presidente Lula, que anda metendo as mãos na eleição no Estado. Agora se o rumo não for alterado, a tendência é Casagrande disputar contra Magno na companhia de Hartung para o Senado. Ou contra o próprio Hartung. Guerino ficará por contas das surpresas de última hora, que nesta eleição só podem vir das redes sociais.   

Ainda não esquentou II

Em relação ao Magno, nos bastidores ele sinaliza que vai para o páreo, independente de contar ou não com o palanque da presidente Dilma.  Acha que encontrou uma boa companhia para disputar o governo: o delegado Fabiano Contarato, em dobradinha para o Senado. Não vê como recuar, pois não há  condições de ir para o palanque de Casagrande e muito menos de Hartung. Como também de ausentar-se da disputa ao governo, pois seria deixar ao léu um eleitorado que vem lhe dando os votos necessários para se manter senador. Além disso, Magno acredita nas suas chances.

Destino

O resultado das eleições, aliás, vai fatalmente influir no destino do senador Magno Malta. Sobretudo no que diz respeito ao seu próprio partido, o PR. Vai ser um teste para ver se ele é mesmo capaz de ganhar eleições sozinho.

Destino II 

Magno, como se sabe, perdeu um capital imenso representado nas saídas do ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (PV), do atual secretário de Estado de Esporte, Vandinho Leite (PSB), e dos deputados estaduais Glauber Coelho (PSB) e José Esmeraldo (PR).  

Destino III 

 Todos os quatro que se retiraram são favoritos nas eleições que disputarão: Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa.

Diferenciado

Mostra também Magno como um político diferenciado. Ele criou no PR uma espécie de “tribunal da infidelidade”. Foi desta forma que descartou esse pessoal. O mesmo fez com Waguinho Ito (PPS). O inventou, colocou-o na vice do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), mas depois fez com ele o que fez com os demais. Botou o cara para correr. Magno domina a arte dos confrontos.

Indomável

Por isso ele é um político diferenciado. É ele, ele e ele. Enquanto vai se elegendo, vai seguindo no andar  de cima da política. Acostumou-se a ganhar eleições com o dom do improviso  e com as  bandeiras  dos mais necessitados.

Justiceiro

Alheio às curvaturas da política, continua fazendo o gênero de quem veio da pobreza e tomou um lugar de destaque das elites e que tem o dever de distribuir sopapos a torto e à direita. Assim como se fosse um enviado dos pobres  para fazer justiça pelas próprias mãos. Ele é um personagem político inimaginável:  age com um super-herói arquitetando  tempestades.

PENSAMENTO:

“ Minha autonomia não é negociável”. Bruno Torturra

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