quinta-feira, janeiro 23, 2025
24.9 C
Vitória
quinta-feira, janeiro 23, 2025
quinta-feira, janeiro 23, 2025

Leia Também:

Aqui ‘não’ tem farmácia popular?

O Programa Aqui tem Farmácia Popular foi criado pelo Governo Federal em 2006, para assistir os cidadãos com doenças crônicas, a exemplo de: hipertensão, diabetes, asma, Parkinson, dentre outras, através do fornecimento de medicamentos e materiais com descontos de até 90%, e até mesmo gratuitos, a fim de contribuir para o controle destas doenças.
 
Com o orçamento menor, tem veiculado na mídia que o repasse de verba do governo para esta finalidade será cortado a partir de janeiro de 2016; logo, o custo com muitos desses medicamentos para o controle das doenças retornarão, integralmente, à responsabilidade de compra dos pacientes e de suas famílias.
 
Mais uma despesa que retornará para o orçamento das famílias e, que fez parte da lista dos subsídios que foram implantados pelo Governo Federal, com repercussão social positiva para a saúde da população.
 
Neste momento de crise, com redução na receita das famílias, perda no poder de compra e aumento nos preços, terem que absorver a despesa integral com medicamentos para o controle de doenças crônicas, que não têm cura, é inimaginável.
 
Considerando que a faixa etária mais acometida por doenças crônicas é a idosa, que geralmente é composta por aposentados, com receitas cada vez mais corroídas pela inflação, e que agora sofrem mais esta ameaça, que além de clínica, também é financeira.
 
A partir destas notícias, há uma preocupação crescente entre pacientes que fazem uso contínuo de diferentes medicamentos, e que até agora, conseguem controlá-las, graças ao acesso facilitado aos medicamentos subsidiados pelo governo, mas que se for suspenso, muitos não terão como custeá-los, gerando um descontrole e agravamento nas doenças, culminando numa procura maior aos serviços de Pronto Atendimento, Pronto Socorro, além de aumento nas internações hospitalares e, consequentemente, nos óbitos na população geral.
 
A saúde, que já está na UTI, parece dar mais um passo rumo ao abismo imposto pela má gestão e reforçado tanto pelo desvio de verba, como pela corrupção no governo. E quem pagará novamente essa conta serão os contribuintes, porém, com mais do que dinheiro, com sua saúde e até, com suas próprias vidas.
 
Esse corte é inadmissível e deve ser veementemente combatido por todos para o bem dos pacientes e de suas famílias.
 
Esse é um exemplo clássico de que o conceito de saúde é ampliado: ter saúde significa gozar de um estado de completo bem estar físico, mental, social e financeiro.
 
Pela manutenção do Programa Aqui tem Farmácia Popular!

Ivana Medeiros Zon, Assistente Social, especialista em Saúde da Família e em Saúde Pública,Educadora Financeira, membro da ABEF – Associação Brasileira de Educação Financeira, palestrante, consultora, colunista do Portal EduFin www.edufin.com.br

https://sites.google.com/site/saudefinanceiraivanamzon/

Mais Lidas