Com a rejeição na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), nesta quinta-feira (13), do relatório que recomendava a autorização da Câmara para que o Supremo Tribunal Federal investigue a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, a pergunta que não quer calar volta para os deputados federais Marcus Vicente (PP), Paulo Foletto (PSB), Evair de Melo (PV) e Norma Ayub (DEM)…afinal, qual a posição que marcarão em plenário? Embora este seja o assunto da vez no País – junto com a condenação do ex-presidente Lula -, os quatro só se esquivaram até agora, ao contrário dos demais parlamentares da bancada capixaba. O líder da maioria, Lelo Coimbra (PMDB), nem precisava dizer, vota a favor do presidente. Os deputados petistas Givaldo Vieira e Helder Salomão, também nem precisava dizer, votam contra Temer, assim como Carlos Manato (SD), Jorge Silva (PHS) e Sérgio Vidigal (PDT). Tomar partido é temeroso, todo mundo sabe, existem muitos interesses envolvidos, mas é o mínimo que a sociedade espera. E, caso decidam fazer coro à defesa do presidente, o que irão alegar? Conseguirão sair dessa sinuca de bico sem virar alvo de julgamento político do eleitor, com uma disputa à reeleição batendo à porta? Se correr o bicho pega…
Em cima do muro
A propósito, olha o placar do Estadão divulgado nessa quarta-feira (12) sobre a previsão de votos em plenário: Marcus Vicente está no grupo dos “indecisos” e Foletto, Evair e Norma dos que “não quiseram responder”.
Lá e cá
Dos quatro, Evair foi o que mais variou. Quem não se lembra das declarações – várias – do deputado quando explodiram as delações dos executivos da JBS que caíram como bomba na cabeça de Temer?
Peso igual
Lembrando que, salvo as devidas diferenças políticas entre Lula e Temer, são dois presidentes envolvidos em episódios de corrupção, que serão julgados pela população da mesma forma, ou seja, politicamente.
Peso igual II
Na imprensa nacional já há, inclusive, análises das controvérsias sobre o efeito da decisão no julgamento iniciado na CCJ que segue agora para o plenário. A base diz que é ótimo, mas…
‘Argumento para o voto’
A coluna Poder em Jogo, em O Globo, desta quinta, avalia assim: “A condenação do ex-presidente Lula a nove anos e meio de prisão complica a defesa de Michel Temer na Câmara. Para os deputados será mais difícil tentar alegar razões jurídicas para livrar o presidente de um processo, quando a análise do eleitor será política: ambos alcançaram o mais alto cargo da República e se envolveram em corrupção. A sentença do juiz Moro pode dar aos governistas a justificativa pública para votar contra Temer”. A conferir.
Passos lentos
O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), fez “mó papagaiada” em abril deste ano para anunciar seu Comitê de Gestão e Inovação. Tudo como manda o figurino: solenidades de posse e muito discurso. Mas a nomeação só foi publicada nesta quinta-feira (13) no Diário Oficial. Até agora, só serviu para autopromoção, mesmo?
Passos lentos II
Para quem não se lembra, a estrela do Comitê foi o ex-prefeito e ex-adversário de Luciano, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), empossado sozinho, antes dos demais. Aliás, entre o anúncio de que o tucano ocuparia o Comitê e a posse, de fato, também demorou um tanto. Se concretizou depois que Luiz Paulo foi confirmado no Ministério das Cidades.
Dança das cadeiras
Renzo Oliveira Santos Colnago não responde mais pelo cargo de diretor-presidente do Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado (Prodest). Assumiu a função Paulo Henrique Rabelo Coutinho. E Renzo? Permanece na equipe de Hartung, mas como assessor especial nível III da Secretaria de Gestão e Recursos Humanos. Perdeu prestígio, hein?!
Tudo igual
O engenheiro civil Geraldo Caetano Dadalto foi reeleito diretor-presidente da Concessionária Rodosol. É aquela história: em time que sempre ganhou, não se mexe!
140 toques
“Votar a favor de Temer é fácil. Difícil será ter o voto do povo nas próximas eleições”. (Deputado federal Helder Salomão – PT – no Twitter).
PENSAMENTO:
“Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos”. Sigmund Freud