O governador Paulo Hartung (PMDB) nunca foi uma figura política badalada em Brasília. Nem mesmo quando estava no Congresso Nacional. Irritou muita gente por não se entregar a um partido de corpo e alma, sempre foi tido como um político de grupo. Em 2010, quando aventava-se sua ida para o Senado, o que poderia lhe dar projeção nacional, ele recuou.
Para alguns observadores pode ser uma questão de vaidade, mas o governador nunca teria engolido essa deficiência em sua carreira política, não consegue projeção nacional. Mas os motivos disso podem ser observado em sua postura na reunião com governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão sobre a crise no governo federal.
Começa por aí. Pezão consegue uma visibilidade porque se envolve com as questões, mesmo que sejam polêmicas. Como governador do Rio é do PMDB, tomou a iniciativa de procurar seus colegas de governança e de partido para unir forças e apresentar propostas.
Mesmo que sua iniciativa tenha fracassado – ele reuniu apenas três dos sete governadores do PMDB – mostrou sua personalidade política. Hartung não. O capixaba foi ao encontro, fez uma análise econômica fraca e politicamente equivocada. Aproveitou a projeção nacional para cutucar Renato Casagrande (PSB), com um discurso que para o resto do País não faz sentido e para o Espírito Santo já é desgastado.
No encontro anterior, com os governadores do Sudeste, saiu prejudicado com a definição da maioria de apoiar o governo federal na unificação da alíquota do ICMS. Já no encontro dos governadores com a presidente Dilma, o evento serviu mesmo apenas para a foto, não se aproveitou grande coisa.
Aí a gente começa a entender os motivos que o levaram a fazer tanta questão do retorno ao governo do Estado. Sua condição política está restrita no Espírito Santo, ele não alcança voos mais altos. Está longe de ser uma liderança de lastro nacional.
Fragmentos:
1 – Nessa quarta-feira (2), o deputado Sérgio Majeski (PSDB) apontou mais uma contradição do “governo da Educação”. O deputado enviou questionamentos sobre o porquê de o Estado realizar um concurso público oferecendo apenas 1.178 vagas para professores quando na verdade, o Estado tem no seu quadro 12.545 professores trabalhando em regime de designação temporária.
2 – O deputado Nunes, o presidente da Comissão Especial que debate os impactos no mundo do trabalho no campo devido à crise na Assembleia Legislativa realiza uma audiência pública na Câmara Municipal de São Gabriel da Palha, nesta sexta-feira (4), às 9 horas, sobre políticas públicas causados pela seca.
3 – O prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM), tem cortado um dobrado para explicar suas medidas de austeridade para os servidores municipais. A conversa tem sido na base do “devo não nego, pago quando puder”.