quarta-feira, janeiro 22, 2025
26 C
Vitória
quarta-feira, janeiro 22, 2025
quarta-feira, janeiro 22, 2025

Leia Também:

Assunto proibido

Olha como funciona a Assembleia Legislativa. No dia em que o deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD) denunciou que alguns parlamentares estariam sendo grampeados pelo sistema Guardião, não faltou gente para fazer coro e protestar. O presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), até apressou-se em enviar ofício ao Tribunal de Justiça, para saber das interceptações telefônicas que já foram autorizadas. E pronto, era o limite do interesse da maioria. Quando Enivaldo apareceu nessa segunda-feira (15), querendo colocar freio definitivo na “Grampolândia”, com seu projeto que sugere a obrigatoriedade de auditorias trimestrais nos aparelhos utilizados para escuta, praticamente pregou no deserto. Com exceção de Sérgio Majeski (PSDB), que se manifestou junto com ele, o plenário seguiu a rejeição do pedido de urgência feito pelo líder do governo, Gildevan Fernandes (PV), como se esse fosse um assunto qualquer. O comportamento de Gildevan, que segue as ordens do governador Paulo Hartung (PMDB), mais a cumplicidade da Assembleia mostram que ninguém quer esclarecer nada nessa área. Muito menos Hartung, que já passou por poucas e boas com a CPI do Grampo, criada em 2005 para apurar escutas clandestinas, após o escândalo de grampos na Rede Gazeta e nos celulares de advogados do caso Alexandre Martins de Castro Filho. Já naquela época, foi salvo pela mesma Assembleia que agora fecha os olhos para o assunto. A diferença é que, desta vez, tem um Enivaldo e um Majeski da vida para constranger o governo. Pelo menos isso.

Surreal

Aliás, não poderia ter sido melhor a observação de Majeski: “Votamos a urgência até para tirar o sal da mesa das pessoas, mas em matérias que buscam apurar assuntos, que, neste caso, afetam a nós mesmos, o líder do governo encaminha pela rejeição da urgência”. E não é?

Mais um

O juiz Carlos Magno Moulin vai se afastar do 4º Juizado Especial de Vila Velha entre setembro deste ano e julho de 2016, para cursar doutorado na Universidade Clássica de Lisboa, como informou ato de autorização publicado nessa segunda-feira (15) pelo presidente do Tribunal de Justiça, Sérgio Bizzotto.

Já vi esse filme…

Moulin segue os mesmos passos do promotor licenciado e atual secretário de Estado da Transparência, Marcelo Zenkner. O que dizem, no meio, é que ele não deixa de receber seu salário – e etc! -, como versa a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman).

Providencial

Coincidências à parte, a saída de Moulin ocorre em meio ao turbilhão das investigações que pesam contra ele dando conta de supostas irregularidades em sua conduta. Entre elas, as denúncias de uso de perfis falsos para difamar o advogado Marcus Dessaune.

Esquisito

Chamou atenção do mercado político a informação publicada em A Gazeta nesta terça-feira (16) de que Fabiana Maioral entregou o comando da pasta de Prevenção e Combate à Violência e Trânsito de Vila Velha. Primeiro, ela é antiga parceira do prefeito Rodney Miranda (DEM); segundo, a informação vem um dia depois do depoimento dela na CPI da Máfia dos Guinchos, quando nada falou.

Alvo

Não tem a denúncia feita na CPI do Pó Preto de que a Vale, em uma de suas ações de espionagem aos movimentos sociais no Estado, forneceu o material para o Ministério Público Estadual (MPES) abrir uma ação judicial contra ativista do Movimento Pó Preto? Então, o deputado estadual Gilsinho Lopes (PR) resolveu dar nomes aos bois na audiência pública realizada em Anchieta, sul do Estado.  O investigado é Alessandro Chakal.

Dados

Aliás, a CPI aprovou requerimento que obriga o MPES a fornecer todos os dados sobre tal ação. É o mínimo para corrigir esse absurdo e provar, por a mais b, o tanto que a Vale dita as regras por aqui.

Bandeira da vez

O deputado estadual Marcelo Santos (PMDB) se reúne nesta quarta-feira (17) com procurador-chefe da Procuradoria da República no Estado, André Pimentel Filho. Pauta: solicitar o cancelamento das multas emitidas por radares instalados nas rodovias federais, por sua incorreta aferição e  possível adulteração. Mesmo pedido já foi feito ao MPES.

Nas redes

“Nota A+ em 2014 para o banco de todos os capixabas: a LFRating – agência de classificação de risco – deu nota A+ para o Banestes. Essa nota indica que o banco tem uma política de crédito adequada, o que reflete de forma positiva nos aspectos ligados ao suporte, gestão, estratégia e solidez financeira”. (Renato Casagrande – PSB – no Facebook).

PENSAMENTO:

“Nós temos o poder de fazer qualquer coisa idiota que queiramos, e parece que as fazemos a cada dez minutos”. J. William Fullbright

Mais Lidas