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Avanço neoliberal no ES

A coluna está preocupada com  anestesia geral que foi dada no movimento sindical, que não consegue fazer mais nada. Todos sabem que parte da imprensa tem se mobilizado para blindar o governador Paulo Hartung (PMDB), mas não se vê uma investida do movimento para desmascarar toda essa pressão que vem do Palácio Anchieta.
 
Desde que assumiu o governo, para o seu terceiro mandato, o governador vem impondo ao funcionalismo do Espírito Santo uma política de arrocho salarial com a desculpa de que encontrou os cofres vazios e que precisa fazer cortes para rearrumar a casa. Mas esse discurso é cansativo e hipócrita.
 
Quem abre mão de R$ 4 bilhões em renúncias fiscais, cria mais um Refis para anistiar juros e multas de empresários, abrindo mão dos impostos, não deve estar tão preocupado assim com o caixa. O governador afirma que para garantir a responsabilidade social precisa apertar no ajuste fiscal. Isso é irresponsabilidade do mesmo jeito. O Estado não é uma empresa para dar lucro, o Estado tem que priorizar os serviços à população e isso se consegue com a valorização do serviço público.
 
Mas se o governo impõe uma pressão sobre o funcionalismo, baseada na tática nazista de repetir a mesma mentira até que ela se torne verdade, cabe ao movimento sindical, não só aos sindicatos dos servidores públicos, mas a todo o movimento sindical entrar em campo para desmascarar a desproporcionalidade desse discurso de Hartung.
 
Isso porque, no início de fevereiro, a população sentiu os efeitos dessa desvalorização. Uma categoria, a dos Policiais Militares, por uma estratégia de movimento paredista, conseguiu afetar toda a organização social, para chamar a atenção da sociedade sobre as consequencias dos cortes de gastos em áreas tão sensíveis, como é o caso da segurança.
 
A coluna sentiu falta do envolvimento do movimento como um todo na defesa dos militares, afinal a luta deles, afetou a todos e a punição deles é um recado para o restante do funcionalismo. A estratégia de guerra do governo tem que ser enfrentada com a união das categorias trabalhistas e na busca de informação para a sociedade como um todo. Mas o que se viu foi muito pouco, ou quase nenhum, posicionamento do movimento sindical, o que garante a vitoria do governo no esmagamento do funcionalismo.
 
O que Hartung implanta no Espírito Santo, com consequências nefastas para a população é o que o presidente Michel Temer vem fazendo em nível nacional. Levando avante o processo neoliberal e servindo de exemplo também para os prefeitos. Até aqui não se viu vantagem alguma para o cidadão comum e reação nenhuma do movimento sindical, o que torna o futuro ainda mais devastador.
 
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