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Baixo clero, não!

Desde meados do ano passado o senador Ricardo Ferraço (PMDB) vem sendo colocado no processo sucessório no Estado como um possível postulante à cadeira de governador. Chegou a se colocar à disposição do partido, conversou com Dilma, Lula, Paulo Hartung. Mas diante da constatação de que seu capital ainda não superaria o esquema montado para a manutenção da unanimidade no Estado, mergulhou. 
 
Evidentemente, disputar eleição é sempre a melhor forma de aumentar a capilaridade, mas a situação de Ricardo Ferraço no Senado é tão confortável que ele talvez não esteja mais tão interessado na disputa local. Hoje não se pode dizer que o senador é baixo clero. 
 
Comanda a Comissão de Relações Exteriores e atuou em casos de repercussão, como o caso de Edward Snowden, a prisão dos torcedores corintianos na Bolívia e na fuga para o Brasil do senador oposicionista da Bolívia, Roger Molina. 
 
Para os meios políticos, Ferraço é hoje, no Senado, a mistura de Renato Casagrande com Gerson Camata (PMDB). Conseguiu concentrar a capilaridade do seu antecessor peemedebista na Casa, com o empresariado capixaba, e também consegue uma visibilidade como socialista, com uma diferença. 
 
Casagrande era uma espécie de comentarista do Senado, queridinho da mídia nacional na hora de opinar sobre os assuntos polêmicos. Ricardo, não, ele produz os fatos políticos e ganha repercussão. No Estado, corre o risco de disputar a eleição ao governo e sair menor do que entrou.
 
Permanecendo no Senado pode ganhar musculatura para que o Estado finalmente tenha um parlamentar influente, coisa que há muito tempo não acontece e aí se tornar uma liderança política também para o Espírito Santo, sem precisar para isso disputar a eleição.

 

Fragmentos: 
 
1 – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou nesta quinta-feira a  PEC 73/2011, que torna obrigatória a renúncia dos chefes de Poder Executivo que se candidatem à reeleição, seis meses antes do pleito.
 
2 – Com o clima desfavorável ao governo federal, a proposta tende a ser aprovada pelo Plenário e deve valer para a próxima eleição. Se já valesse para esta eleição, o governador Renato Casagrande teria de entregar o cargo a Givaldo Vieira (PT) e a presidente Dilma Rousseff ao vice, Michel Temer (PMDB).

3 – Essa disputa para atrair o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), aumenta o capital político do popular-socialista.

 
 

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