Terça, 07 Mai 2024

Balão de ensaio?

As movimentações políticas no Estado, até então, caminham para um palanque de consenso para a reeleição do governador Renato Casagrande. Mas enquanto alinha suas costuras políticas, ele deve ficar de olho no que se desenrola no cenário nacional. O casamento entre o partido dele, o PSB e o PT, da presidente Dilma Rousseff, é longo e já rendeu bons frutos. Mas o presidente do ninho da pomba, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, parece querer discutir a relação.



Para os meios políticos, as investidas do socialista na direção de uma possível candidatura à presidência seria uma forma de o partido pressionar o governo Dilma para conseguir mais espaço. O PT já fala em dar ao governador a vice, na reeleição de Dilma. Para acomodar o PMDB, entraria em negociação o governo de São Paulo. Pode dar certo, mas pode também não dar, dada a gula do PMDB.



O ex-ministro Ciro Gomes não concorda com a candidatura de Campos. Acha que o momento para o PSB foi em 2010, com a incerteza sobre o palanque do PT. Agora, com a candidatura de Dilma consolidada e o principal opositor, o PSDB, em franco desgaste, ficará muito difícil para o PSB bater de frente. Até porque falta um tanto ainda para que o PSB se consolide como uma força política de ponta no País.



Na avaliação de alguns observadores, esse movimento antecipado de Campos é uma forma de superar essa falta de musculatura do PSB. Em 2010, a candidatura de Ciro Gomes foi trocada pelo apoio aos candidatos socialistas nos estados, inclusive, a Casagrande, o que causou aquele abril sangrento para o até então candidato palaciano Ricardo Ferraço (PMDB). Este ano, não seria diferente. Campos quer negociar e, por isso, soltou o balão de ensaio.



Mesmo assim, o governador Renato Casagrande deve ficar atento, afinal o PT e o PMDB são seus grandes aliados políticos. O PT hoje tem a vice, com Givaldo Vieira. A costura para o próximo ano, além da vice, tem a única vaga a ser disputada ao Senado, que devem ser distribuídas entre esses dois partidos.



As movimentações para as eleições estaduais tendem a respeitar as movimentações nacionais dos partidos, logo, todo cuidado é pouco. Mas, pelo menos por enquanto, o casamento entre PSB e PT não dá sinais de rompimento.

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