Na semana passada foi aprovado no Congresso Nacional o projeto que amplia a terceirização para atividades-fim, o que traz uma preocupação muito grande para a classe trabalhadora. Enquanto a mídia nacional focou os noticiários nas denúncias de irregularidades na produção de carnes no País, a discussão sobre a reforma trabalhista tem passado ao largo, enquanto o trabalhador fica no prejuízo.
Essa luta é desigual porque o empresariado tem a mídia na mão. Um trabalho para igualar o debate exigiria do movimento sindical muito mais dispêndio de energia. É preciso mobilizar as bases, criar informativos, fazer fóruns de debate e ainda assim é difícil conseguir o mesmo nível de penetração da informação.
Sem o espaço igualitário na mídia cabe aos sindicatos se mobilizarem para que se tente pressionar contra as reformas. A estratégia do empresariado foi muito forte, conseguiu desmoralizar o Partido dos Trabalhadores, tirá-lo do fronte para impor suas “reformas”. O interesse é o de impor o livre mercado no Brasil, diminuindo cada vez mais os direitos dos trabalhadores para garantir o lucro das empresas, com uma mentirosa ideia de que isso trará condições de vida para todos.
Diante desse quadro, cabe a reação imediata da classe trabalhadora. Os parlamentares do PT ou de partidos que se identificam com a causa dos direitos dos trabalhadores, de se posicionarem. O problema é que a cooptação por parte dos políticos comprometidos com o capital é muito grande. Tudo é feito na base na troca de cargos pelo silêncio dos movimentos sociais.
Enquanto o movimento se vende por pouco, muito é tirado dos trabalhadores. No governo do PT, houve condições para que os movimentos decolassem, mas muita gente já estava impregnada demais nessa política de barganha, impedindo uma ampliação dos direitos dos trabalhadores. E o que vemos agora é o contrário.
A reforma trabalhista está a todo vapor e não traz nenhum benefício, assim como a reforma da previdência. As condições para isso estão colocadas no governo golpista e a sociedade nada pode fazer para impedir esse rolo compressor.
E aí, movimento Sindical, vai ficar olhando?