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Briga qualificada

Até que ponto vale a pena levar à frente um movimento grevista? Quanto se deve colocar de reivindicação na mesa de negociação? Quando é hora de cruzar os braços e quando é hora de descruzar? Todas essas questões devem ser de conhecimento do trabalhador na hora de negociar com as empresas com os governos. 
 
O Sindicato Nacional dos Bancários é um dos mais organizados do País. Dentro das instituições tem condições de conhecer todas as etapas do trabalho, o ganho das empresas e tem condições de negociar em pé de igualdade com os patrões. Ainda assim, entrou no movimento paredista pedindo 15% e saiu com 10%. Foi um ganho significativo, mas teve custos para a população. 
 
Neste tipo de debate entrar municiado é fundamental. Os sindicatos de servidores públicos fazem longas e muitas vezes improdutivas greves, muitas vezes porque não têm como entrar na queda de braço com os gestores públicos. E com o surgimento dos portais das transparências fica bem mais fácil saber o quanto está sendo gastado e o quando pode ser cobrado para repor as perdas dos servidores. 
 
Quando o movimento envolve as empresas prestadoras de serviço, como no setor de transportes, por exemplo, é preciso ter acesso às planilhas para saber exatamente o campo em que se está pisando. Para isso, é preciso qualificar o debate. 
 
E quem deveria estar à frente dessa preparação do movimento sindical para esse debate é a CUT. Ela tem ferramentas para auxiliar na captação dessas informações, na qualificação das lideranças sindicais para enfrentar a queda de braços ou até mesmo, para saber a hora de não entrar na briga, de recuar, se municiar e voltar com mais força 
 
Às vezes para avançar é preciso dar um passo atrás!

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