Muito a contragosto, o PT caiu na real quanto à possibilidade de apoiar à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). Ficou bem claro para as suas lideranças que não dá para ficar com Casagrande com o partido dele tendo um candidato à presidência da República. A hipótese de separar os palanques é impraticável. Mesmo nessa situação adversa, Casagrande marcou um encontro com a direção nacional do PT.
Tanto que o PT já passou a discutir outras fórmulas para segurar a campanha de Dilma Rousseff no Estado. Como a puxada pelos prefeitos petistas de Colatina, Leonardo (Batata) Deptulski, e de Cachoeiro, Carlos Castiglione. Eles são favoráveis a um candidato do PMDB, que seria o senador Ricardo Ferraço. Deixariam o Senado para decidir mais na frente, mas deixando à preferência para o ex-governador Paulo Hartung, até como reforço à candidatura do Ricardo ao governo.
Como o PT é dividido em tendências, que produzem manifestações diferentes e situações também, há aqueles, a exemplo do vice-governador Givaldo Vieira, que estão agarrados em Casagrande por óbvias razões. Pois o sucesso da candidatura de Gilvaldo à Câmara dos Deputados depende única e exclusivamente da máquina do governo, que o vem sustentando.
Outro que está nessa linha é o deputado estadual Roberto Carlos (PT) com sua dependência eleitoral do prefeito da Serra, Audifax Barcelos (PSB), ligado na reeleição de Casagrande.
O PT também não descarta a possibilidade dele próprio ter candidato ao governo para segurar o palanque de Dilma que é, na verdade, o cerne do problema. Só se for o ex-prefeito de Vitória, João Coser. Mas dificilmente seguraria a campanha da Dilma, como tem plenas condições o senador Magno Malta (PR).
Mas tudo isso está ocorrendo por conta da candidatura do senador Magno Malta ao governo, como oferta de um bom palanque para a Dilma. A resistência à candidatura do Magno encontra-se na certeza de eleito dar vazão à sua incompatibilidade com as elites capixaba e com o ex-governador Paulo Hartung.
A trajetória política do senador é suficiente para que possam fazer previsões desse nível. Daí todo esse esforço para encontrar uma alternativa para substituí-lo no palanque da Dilma.