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Capitão Minério

Parece – ainda não sabemos, vamos dar tempo ao tempo – mas, à primeira vista, parece que o governador foi acometido por um lapso de memória e esqueceu o desastre ambiental – sempre ornado de desenvolvimento e geração de emprego – que foi o Velho Início. Tal é a impressão que se sobressai quando, nessa semana, o Novo Início deu 30 dias às poluidoras para adotar medidas contra o pó preto. Atitude corajosa e resoluta, típica dos heróis. O problema é que não houve governo mais generoso aos anseios e caprichos das poluidoras que o Velho Início. Durante oito anos, a população gritou contra o pó preto. Hartung fez ouvidos moucos. Foi ainda nesses oitos anos que o litoral capixaba virou a casa de todos os portos; no norte, Aracruz Celulose (depois, Fíbria) fez o que quis. Esse Super-Homem está mais para Chapolim.
 
E mais…
Engraçado foi ver a presidente do Iema, Sueli Tonini, durante a coletiva do chefe da Seama, Rodrigo Júdice, para apresentar a medida. Não é por nada, não, mas a presença dela é desabonadora às boas intenções do governo. Também comandante do Iema no Velho Início, foi mãe extremosa das poluidoras. Tanto que, reparem, cada vez que alguém diz “Sueli Tonini”, uma nuvem de pó preto se forma em Vitória. 
 
Enquete
A ONG Juntos SOS Espírito Santo Ambiental, que levanta as críticas mais incisivas à atuação das polidoras Vale e Arcelor, replicou em sua página no Facebook uma enquete do Portal Tempo Novo: “Vale e Arcelor vão reduzir o pó preto depois da “dura” do governo?”. Cerca de 80% acham que não. 
 
Hein?
Enquanto isso, o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), finge que esse papo de poluição não é com ele. A desculpa é velha: a fiscalização é de responsabilidade do governo estadual. Conta outra, vai.
 
Amor e carinho
Já dissemos e diremos de novo: esse Ferração é uma figura. O presidente da Casa Theodorico Ferraço (DEM) deu uma entrevista para o site da Assembleia Legislativa. A repórter quer saber um fato marcante dos quatro anos que se foram. E ele: “Olha, foi o direito democrático que a gente teve… Houve aquela invasão da Assembleia. A conduta foi dentro de um clima de harmonia muito bom, entendeu?”. 
 
Só que…
No início do Ocupa Ales, o movimento que tomou a Assembleia em julho de 2013 para cobrar a votação de um projeto que previa o fim do pedágio na Terceira Ponte, Ferraço pediu amor e carinho com os manifestantes. Dias depois, revelou-se o Ferração de sempre: ele assinou o documento de reintegração de posse. Quando Ferraço fala em carinho, pode saber que vem paulada.
 
Amém
Os deputados estaduais até tentaram demonstrar alguma personalidade neste início de ano, reivindicando alguma independência frente ao Executivo. Em vão. O curso agora dado à eleição para a presidência da Casa, mostra que esta Assembleia será como aquela que passou: sem cor e sem sabor. A indústria têxtil já pode despachar a seda para a Assembleia. Vai ser uma rasgação para PH. 
 
Menos, Rodney, menos
A morte de Diego Biasutti nessa sexta (23) na Prefeitura de Vila Velha serviu para o prefeito Rodney Miranda (DEM) ressuscitar o discurso do (bocejo) crime organizado. Na base do “se colar, colou”, levantou a suspeita de que o crime estaria relacionado com Fernando Cabeção, o acusado de participação na morte do juiz Alexandre Martins, que estaria recrutando pistoleiros para matar envolvidos na investigação do crime. 
 
Rescisão amigável
Até estava em curso a ideia de reformar a Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp), em Vitória. Mas, por ora, ficou só na ideia. É que o governo estadual rescindiu o contrato de elaboração de projetos para reforma e ampliação da Esesp. Fica para a próxima.
 
140 toques
“Nosso PIB cresceu 3% em 2014, 30 vezes mais que o brasileiro. Já a Findes prevê 30 mil novos empregos no ES até 2017”. O ex-governador Renato Casagrande (PSB) no twitter
 
Pensamento
“Se o homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável”. Sêneca

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