O governador Paulo Hartung (PMDB) e a senadora Rose de Freitas (PMDB) travam batalha por território político no Estado. Nos bastidores, dizem que por onde passa Hartung, em suas andanças para inaugurações e oba-oba no interior capixaba, lá surge Rose na sequência. A articulação da senadora reforça uma intenção já manifestada por ela de lutar por uma candidatura ao governo em 2018, mesmo que precise se submeter à convenção para uma disputa com o governador, que parece mais próximo do projeto de reeleição. Mas há quem acredite que, talvez, isso nem seja necessário. Ganha força no mercado, inclusive entre lideranças aliadas, a possibilidade de o governador sair do PMDB, o que, prevalecendo as atuais previsões, colocaria os dois adversários políticos de longa data pela em concorrência direta. Por enquanto, porém, ninguém se arrisca a chutar qual seria o destino partidário de Hartung. De fato, difícil prever. As cartas da eleição, apesar dessas sinalizações, continuam escondidas pelo governador. E ele nem precisa, mesmo, ter pressa. No atual cargo, Hartung pode sair do PMDB quando bem quiser e entender. Se o governador já costuma esconder o jogo, imagina nessa condição confortável. Vai amarrar tudo, tudo…até não poder mais!
Nem te ligo
Neste caso, aliás, aliados de Hartung têm dito que a candidatura de Rose não o ameaçaria. O tamanho da senadora não é o governo do Estado, garantem. Há controvérsias.
Lado a lado
Por falar em Hartung, poucos dias após levar bomba do casal Theodorico Ferraço e Norma Auyb, ambos do DEM, o governador apareceu nesta segunda com o senador Ricardo Ferraço (PSDB) em evento com empresários no Palácio Anchieta. Ponto para a estratégia da família Ferraço, cuja prioridade em 2018 é a reeleição do senador.
Pro lado de cá
Dentro dessa estratégia, aliás, a deputada federal Norma Ayub não deverá tentar a reeleição, para concentrar forças e articulações em torno de Ricardo. O projeto dela, além disso, é mais pro lado de cá do que Brasília.
Na mão
Já Theodorico Ferraço, numa disputa à reeleição, não precisa articular nada. É mamão com açúcar para o ex-presidente da Casa.
Mudou
O relator das contas de Hartung do exercício de 2017 será o conselheiro Rodrigo Chamoun. O processo estava sob responsabilidade de José Antônio Pimentel, afastado do cargo por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão do plenário do Tribunal de Contas (TCE) levou em consideração a “necessidade de prosseguimento dos trâmites processuais nesta Casa”. Estamos de olho!
Troca-troca
As mudanças na Procuradoria da Assembleia não pararam na escolha do novo chefe do órgão, Rafael Henrique Guimarães Teixeira de Freitas, que não faz parte do quadro de procuradores efetivos. Nesta segunda, foi publicada uma verdadeira dança das cadeiras nas funções gratificadas. O ex-procurador-geral Júlio Chamun, por exemplo, vai atuar como subcoordenador da Setorial Legislativa, antes ocupado por Matusálem Dias de Moura.
‘Tenho (tinha) amigos’
A jornalista Mônica Bergamo publicou em sua coluna nesta segunda-feira (3), na Folha de S.Paulo, que o senador Magno Malta (PR) usou o nome da ex-vereadora de Nova Venécia, Moa, para se defender da acusação de homofóbico. Ele falava em uma rádio do Estado, quando disse: “a vice-presidente do meu partido é um travesti”. Detalhe: Moa já morreu.
‘Contratão’
A Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos de Vitória homologou o resultado da licitação que contratou empresa para obras de implantação e infraestrutura do Parque Natural Vale do Mulembá. Levou o “contratão”, de R$ 1,83 milhão, a Mega Port Construtora Ldta.
Nas redes
“Tribunal de contas ou do faz de conta? Ex-sócio de PH na empresa Econos, em cuja sede teria sido negociado o dinheiro da Odebrecht para o Baianinho, foi nomeado em 2016, consultor de finanças públicas do TC e entre suas funções está analisar e fiscalizar as contas do governador”. (Deputado estadual Sérgio Majeski – PSDB – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Política é esperar o cavalo passar”. Getúlio Vargas