segunda-feira, março 24, 2025
26.7 C
Vitória
segunda-feira, março 24, 2025
segunda-feira, março 24, 2025

Leia Também:

Coisas de Cachoeiro

Tenho muitas lembranças de Cachoeiro, claro. Mas têm algumas que lembro perfeitamente, com detalhes. Nos anos 60, Cachoeiro tinha cinco guardas de transito, mostrando que a cidade já comportava tal trabalho.

Entre esses guardas tinha um, que não sei o nome, mas que era daquele tipo fortão, que fazia ginástica em casa, com alteres feito de lata com cimento, pois não existiam academias naquela época.

Por ele andar sempre com os peitos estufados, o pessoal falava que, quando ele chegava em casa, após um dia trabalho, perguntava à mãe, assim que colocava os pés na sala: Mãe, tem alguém em casa? E expirava longamente, deixando o peito normal, sem aquela imagem de forte que fazia na rua. Lendas.

Outro caso envolve o deputado estadual Dr. Hercules, que apesar de trazer Vila Velha no coração, é de Cachoeiro. Hércules era “cria” do então prefeito de Cachoeiro Abel Santana. Sempre prestativo, Hercules aceitou e foi ser motorista da ambulância da Santa Casa da cidade. 

Nas horas vagas, Hércules aparecia na Praça Jerônimo Monteiro, em frente ao Bar Alaska, onde alguns notívagos conversam até tarde, geralmente cultura, claro. Mas eram pessoas jovens e com muito bom humor, onde se destacava Fernando Gomes, o popular Bujão.

Numa daquelas noites, o grupo formado em dos bancos da praça, chega Hércules e começa a participar da conversa, quando Bujão fala a palavra

“execrável” numa frase corrida. Por ser uma palavra de pouco uso e desconhecida da maioria, Hercules pediu para que Bujão repetisse a palavra.

Ao repetir, Bujão explicou o significado, falando que execrável, seria algo abominável, detestável. Pronto, a partir dali, toda vez que Hercules encontrava o pessoal saudava da seguinte maneira, “e aí, ‘zécrata’!, fala, ‘zécrata’!’.

 E ficou chamando os colegas por muito tempo dessa maneira, “zécrata”.

 

Mais Lidas