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Com um pé no Senado

É um equívoco pensar que o governador Paulo Hartung (PMDB) irá disputar outro mandato em 2018 que não seja o Senado, apesar de todas as suas implicações e démarches no futuro político do Espírito Santo. 

 

Até porque, não há outra saída para ele. Disputar o governo, outra vez, nem pensar.  Está de mal com o funcionalismo público e demais categorias profissionais, do campo à cidade. Não é mais aquele que inspirava um modelo de líder reparador dos danos dos seus antecessores no governo, Até o seu ar de soberba reduziu de tamanho. 

 

Esse caminho para Brasília só aconteceu depois que ele surrupiou a estabilidade financeira do governo, legada pelo seu antecessor Renato Casagrande (PSB). Hartung usa esse espólio positivo para posar fora do Estado com se fosse autor do “milagre capixaba”, que ele tenta vender de modelo para o resto do País.  
Há quem hoje diga que Hartung pretende com esse modelo garantir um posto capaz de ascender ao andar de cima da política nacional. Que poderia ser até a vice-presidência da República ou um ministério que lhe confira destaque. Não chegando a tanto,  o  mandato de senador pode garantir-lhe o trono de um grão-mestre da política capixaba. 

 

São caminhos diversos. Mas que levam, inevitavelmente, à questão do candidato ao governo. O êxito do seu projeto nacional passa, necessariamente, por aí. 
Caso essa projeção se confirme, quem seria, então,  o adversário do ex-governador Renato Casagrande, desde já se posicionado como candidato ao governo do Estado. 

 

A lista começa pelo vice-governador César Colnago (PSDB), antigo parceiro de tramas de PH. No caso de não ser o tucano, o candidato (estou considerado PH candidato ao Senado, e como tal terá que  deixar o governo oito meses antes das eleições), tirá-lo da lista não será tarefa fácil para Hartung. Alguém poderia dizer que Colnago não é um catalisador de voto. Perfeito. Mas vai estar sentado na cadeira de governador por oito meses.      

 

Sendo ainda que o momento de PH não é mais aquele de mexer no tabuleiro do jogo ao seu bel-prazer. Até porque, vai precisar de votos para eleger-se senador. Pois vai ter que achar o companheiro ideal para o Senado (são duas vagas) e encontrar o enredo da próxima eleição. 

 

E quanto mais se olha  para a movimentação das eleições municipais, preliminar das eleições de 2018, o senador Ricardo Ferraço (PSDB) está por aí, subindo nos mais diversos palanques, independente da coloração partidária do candidato. Tudo com vistas a armazenar votos para uma disputa majoritária daqui a dois anos.

Ricardo teria dois caminhos: se reeleger senador ou disputar o governo. 

 

O futuro das eleições de 2018 pressiona também o senador Magno Malta (PR), que o governador Paulo Hartung trouxe para o seu lado, embora não haja a mínima identidade política entre eles. Diria até que Magno é uma surucucu nesse mato hartunguete

 

E a reeleição do Magno  também não será tarefa fácil. Depois que ele desmanchou o seu partido, reduzindo o seu potencial político, vai depender de aliança para garantir sua reeleição. Logo, pode se ver que a vida não anda nada fácil para o lado de PH. 

 

 Muda, Espírito Santo!      

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