A coluna do professor Roberto Simões, no jornal A Gazeta desta terça-feira (27), chama a atenção para a imagem que o Brasil tem do Espírito Santo. Mostrando que o fato de ser um Estado pequeno não justifica o posicionamento na lista de recursos federais, já que outros entes federados com bancadas pequenas, como Sergipe e Pará, conseguem participação nas discussões sobre as partilhas de recursos.
A bancada capixaba tem 10 deputados federais, além dos três senadores. A vice-presidência da Câmara é da deputada Rose de Freitas (PMDB). A deputada Iriny Lopes (PT) foi ministra do governo Dilma. César Colnago é vice-líder do PSDB.
O senador Ricardo Ferraço (PMDB) fez parte de uma comissão de congressistas que participou da discussão sobre o Pacto Federativo com o Supremo. O senador Magno Malta (PR) foi fundamental para a conquista dos votos evangélicos na eleição de Dilma.
Nada disso parece ser capaz de garantir musculatura para que os parlamentares capixabas consigam influir de forma a defender os interesses do Estado e aumentar a fatia capixaba na partilha dos recursos federais. Mas na verdade, são os parlamentares que não buscam se inserir nos debates. Parece que preferem fazer passeata, reclamar no Twitter, criticar o governo federal. Enfim, preferem espernear.
O pior é que esse discurso é vendido para dentro do Estado de uma forma destorcida. O capixaba, que está distante das articulações de Brasília, encampa a ideia do preconceito do governo federal com o Espírito Santo. Mas não é bem assim.
O Estado criou uma imagem para a população de que é uma potência econômica em ascensão, mas não é. No conjunto dos estados, o Espírito Santo está isolado. O restante da federação, que inclui estados que contribuem muito mais com o desenvolvimento do País, querem a sua parte.
O Espírito Santo precisa mostrar projetos e viabilizar investimentos. O problema é que os projetos no Estado privilegiam grupos empresariais e não impactam de forma ampla a população. Aí fica difícil, mesmo.
Fragmentos:
1 – Comentário do dia sobre o chororô capixaba em relação à discriminação do governo federal com Estado na partilha dos recursos: O Espírito Santo é o Atlético Goianiense da Federação.
2 – Se a colunista não fosse palmeirense diria que o Espírito Santo é igual ao Palmeiras, pensa que é grande, mas na verdade não passa de um time pequeno. Mas isso não tem nada a ver.
3 – Aliás, nesta sexta-feira (30), a presidente Dilma Rousseff vai se posicionar sobre a proposta de partilha dos royalties aprovada pela Câmara. Independentemente da posição da presidente, a derrota é certa.