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Depois do batizado do governador Paulo Hartung (PMDB) nas eleições de 2014, ocasião em que foram desnudados seus casos nebulosos (Éconos, mansão secreta em Pedra Azul, apartamento de 48 mil, vendido por 2 milhões, e empresa familiar), ocorreu o seu automático ingresso no hall dos políticos suspeitos.
 
Como consequência imediata, e sem qualquer disfarce de sua beligerância, mas como a cólera própria do político atingido na sua gula de poder, sobretudo na condição de julgador, tomou-se da prática de um revanchismo desatinado às contestações em cima do seu governo, a exemplo do ocorrido recentemente no episódio de queda de braço com as cooperativas de especialidades médicas: reclamaram num dia e no outro foram atropelados na condição de prestadores de serviços do seu governo, embora eficientes e necessários para suprir uma complexa rede de atendimento.
 
Esse talvez seja o mais emblemático pelas suas consequências, e por dizer também respeito de vidas. Porém, existem outras de menor grau de consequências, como o do deputado estadual Sandro Locutor (atualmente sem partido), que sofre pura represália por te levado ao conhecimento público as passagens aéreas da mulher do governador em visitas a familiares no Rio de Janeiro e em São Paulo. Denúncia feita durante a disputa eleitoral de 2014.
 
E sequer escapou de sua fúria o safo e sempre ardiloso presidente da Assembleia, deputado Teodorico Ferraço (DEM). Reforçando a ideia de que é botar a cara na reta agora e levar um direto em seguida de PH. O prefeito de Vitória, o Luciano Rezende (PPS) é outro que tem experimentado a fúria de PH. Ficou ilhado politicamente pela soma de candidatos lançados para derrotá-lo nas próximas eleições, como também não viu a cor do dinheiro do governo do Estado.
 
Exemplos é que não faltam para que se possa admitir como o homem anda possesso, numa revelação também clara que a sua constituição política sempre foi extremamente móvel. Pois nos seus governos anteriores, conduzido sob a égide do Crime Organizado, pelo qual arbitrou o bem e mal, atemorizou a classe política e empresarial, deu-se muito bem com a estratégia. Êxito absoluto.
 
Só que neste seu terceiro mandato de governo, ao reintroduzir a estratégia colocada em pratica junto aos antecessores do seus governos anteriores, não logrou êxito ao empregá-la contra Renato Casagrande (PSB). O ex-governador safou-se e ainda fez média nas suas costas.
 
Mesmo esse insucesso diante de Casagrande não foi capaz de privá-lo que pousasse, fora do Espírito Santo, como o governador que recebeu o governo quebrado e, com medidas de contenção de despesas espartanas, venceu a crise econômica que se abateu sobre a maior parte dos estados da federação.
 
Ganhou até destaque na imprensa nacional. Só que agora, com o agravamento da crise econômica, o seu governo está na iminência de integrar o grupo dos governadores quebrados. Essa ameaça está mais do que explicita no alto nível de cortes que anda fazendo, com reflexos na população, como o caso especial da secretaria de Saúde.
 
Inclusive, o reflexo desses cortes já afetam a sua imagem e a do seu governo. Tanto que para garantir a sua reeleição, está buscando solução no submundo da política, com a ajuda de deputados subservientes, alocados estrategicamente na CPI dos Empenhos, da Assembleia Legislativa, para rejeitar as contas do ex-governador Renato Casagrande, tornando-o inelegível para concorrer contra ele ao governo (2018), insultando, mais uma vez, a democracia.

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