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Deixa de ser piruá

A boa herança que podemos levar de cada período de crise enfrentado é percebermos que muitas coisas que parecem imprescindíveis para o bem viver, na verdade, não são.
 
Seja o fato de ter sempre contado com um carro próprio para possibilitar o conforto do ir e vir e que, com o atual alto custo do combustível, do trânsito intenso e de outros fatores, leva a pensar em usar alternativas, tais como o deslocamento a pé, através de transporte público ou de bicicleta e, para os que não se apegam para os que não encaram isso como queda ou sofrimento, que se permitem experimentar, conseguem entender como isso é libertador!
 
Em horários de rush, estando a pé ou de bicicleta, é possível perceber a saída da condição de presos no trânsito para a liberdade do deslocamento facilitado, além de poder contemplar a paisagem, sentir a brisa no rosto e exercitar o corpo, melhorando a saúde da mente e do bolso também.
 
O feedback de quem se permitiu testar, experimentar estas novas alternativas é mais positivo do que negativo. O fato de suar, a insegurança no deslocamento e o medo de assaltos, ainda são os principais bloqueios a adoção destas mudanças.
 
Se há tempos atrás pudemos gastar com diversão, lazer e cultura e hoje a receita não está comportando, a boa alternativa é abrir a casa aos amigos e familiares, compartilhando pratos saborosos, saudáveis, sendo agradável da mesma forma e o melhor, sem pagar pelos serviços prestados, incluindo a taxa de 10%.
 
Ah, mas como disse Rubem Alves em seu livro O amor que acende a lua: “Ainda temos o piruá, (…) São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar”. São aqueles que mesmo com todo o sofrimento, com queda na receita, desempregados, vivendo das verbas rescisórias, não descem do salto, não descem no padrão de vida.
 
A estes fica reservado o risco do endividamento, da insatisfação, do descontentamento, e por tudo isso, do adoecimento.
 
A receita parece se resumir em aprendermos a “dançar conforme a música”, com disposição, confiança e disciplina, porque dias melhores sempre chegam, mas por essas formas.
 
Então… deixa de ser piruá! Aprendamos a lição!
 

Ivana Medeiros Zon, Assistente Social, especialista em Saúde da Família e em Saúde Pública,Educadora Financeira, membro da ABEF – Associação Brasileira de Educação Financeira, palestrante, consultora, colunista do Portal EduFin www.edufin.com.br

https://sites.google.com/site/saudefinanceiraivanamzon/

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