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Desconforto

Para reunião com o presidente da Caixa Econômica nessa segunda-feira (9), Gilberto Occhi, no Palácio Anchieta, o governador convidou a bancada capixaba. Mas só o deputado Lelo Coimbra e, surpreendentemente, a senadora Rose de Freitas, ambos do PMDB, compareceram. Há muito tempo não se via o governador e a senadora juntos em um encontro. Na hora da foto, porém, ela deixou o recinto à francesa. 
 
O fato de Rose participar do encontro com o presidente da Caixa Econômica no Palácio não significou de forma alguma que a guerra fria entre as duas lideranças terminou. Tanto que a senadora fez também sua reunião separada com o presidente da Caixa e levou os prefeitos da Grande Vitória, incluindo o de Vitória, Luciano Rezende (PPS), que não fica ao lado de Hartung.
 
Essa história de reuniões separadas com representantes do governo federal entre o governador e a senadora, tem se tornado repetitivo, desde a vinda do ministro dos Transportes, Mauricio Quintella, para discutir a questão da duplicação da BR-101. E tem trazido questões incômodas como a ausência de representantes do Palácio Anchieta na vinda do ministro do Esporte ao Estado, Leonardo Picciani, no dia 28 passado. 
 
Assim, a senadora segue tirando o governador da zona de conforto, enquanto conversa intensamente com o ex-governador Renato Casagrande (PSB), outra grande dor de cabeça para Hartung no processo eleitoral de 2018 no Estado. 
 
As dores de cabeça que devem se intensificar à medida que se aproxima o processo eleitoral, testando a resistência do governador a um tipo de disputa de bastidores da qual ele não estava acostumado e fortalecendo um palanque que enfrentará Hartung na eleição. 
 
O governador, por sua vez, não consegue limpar o campo para ter uma disputa tranquila em 2018 e investe em uma narrativa nacional para projetar sua imagem fazendo sombra às demais movimentações no Estado, o que já não surte o mesmo efeito desde que Casagrande assumiu as articulações do PSB nacional, que podem influenciar em suas próprias movimentações no Espírito Santo. Pelo jeito, quem ficou mais desconfortável na reunião foi o governador.
 
Fragmentos:
 
1 – Os deputados estaduais que têm disparado contra os secretários, em sua maioria, preferiram o silêncio sobre a polêmica filiação de Octaciano Neto e Enio Bergoli ao PSDB. Foi ordem do Palácio Anchieta?
 
2 – Diante da polêmica de bastidores com a filiação de Octaciano Neto ao PSDB, o deputado federal Carlos Manato não perdeu tempo e ofereceu uma vaga no Solidariedade ao secretário.
 
3 – Mudança no comando do DEM da Serra. Sai Enivaldo Dias e entra Wellington Alemão, que vai comandar os movimentos do partido para 2018. A solenidade troca contou com a presença do secretário de Estado de Desenvolvimento, Rodney Miranda, que está afastado da presidência do partido, mas nem tanto.

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